segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

SESSÃO 8: 22 DE FEVEREIRO DE 2016


RAINHA CRISTINA (1933)

A Cristina a que aqui nos referimos foi rainha da Suécia. Nascida a 18 de Dezembro de 1626, foi coroada a 6 de Novembro de 1632, quando tinha apenas seis anos. Esteve no trono durante 22 anos, mas a 6 de Junho de 1654 abdicou e passou o comando do reino ao primo Carlos Gustavo X. Era filha única de Gustavo Adolfo II e de Maria Leonor de Brandeburgo. A Suécia andou por essa altura envolvida na Guerra dos 30 anos (1618-1648), uma daquelas violentas lutas ditas religiosas, que sacudiram quase todos os países europeus, opondo católicos a protestantes, mas que, bem no fundo, não passou de um confronto económico que procurava o domínio de grande parte da Europa. Gustavo Adolfo II era protestante, considerado valoroso combatente, dirigindo um exército de camponeses e mercenários que se foi mantendo vitorioso, mesmo depois da morte do seu comandante, na batalha de Lützen (o rei perdeu a vida, mas o seu exército ganhou a batalha). Foi em função desta morte súbita que subiu ao trono a muito jovem Cristina, cujo reinado iria ser para sempre lembrado por várias razões. Algumas das quais vamos tentar recordar de forma sucinta. 
Parece que desde que nasceu o seu destino era ser homem. Apareceu no mundo com uma tal robustez e uma pele escura que logo a tomaram por rapaz. Quando descobriram que era menina, o desespero foi (quase) geral, pois o país esperava um herdeiro varão. Mas o rei Gustavo previu o futuro: “Vai ser uma grande pessoa, pois já nos enganou a todos!”
A mãe de Cristina era, no mínimo, um pouco demente, dada a depressões e algo histérica. Uma verdadeira protagonista de um filme de terror gótico. Foi ela que foi buscar o corpo do marido ao campo de batalha, lhe arrancou o coração, que passou a guardar num cofre, suspenso sobre a sua cama, onde dormia com a filha. Não permitiu que enterrassem ou fechassem o caixão de Gustavo, que ia visitar diariamente, fazendo-lhe festas, ao que diziam, não se dando conta da decomposição do cadáver. Foi neste ambiente bizarro que cresceu Cristina, por entre salas e quartos transformados em câmaras ardentes. Valeu-lhe o chanceler Axel Oxenstierna, a tia Catarina, que a acompanhou, e o seu gosto pela literatura, pelo teatro, o ballet, a religião, a filosofia e as línguas (falava várias, com grande facilidade de aprendizagem)…

Quando chegou finalmente ao governo, aos 18 anos, decidiu-se pela paz, contra os conselhos que pretendiam arrastar a Guerra dos 30 Anos, assumiu uma invulgar liberdade de pensamento e de decisão. Desde sempre era chamada por “Rei” ou “Menina Rei”, vestia como um rapaz, calçava botas masculinas, ostentava uma cabeleira rebelde, e afirmava-se horrorizada com o casamento e com tudo o que tivesse a ver com o universo feminino. Mas tinha uma melhor amiga com quem dormia, Ebba Sparre, a quem  apelidava de Bella, ou “la belle comtesse”. Um dia, apresentou-a ao embaixador inglês Whitelocke como sua 'amiga de cama'. Coisa suspeita. Ebba iria casar-se, ter três filhos, que morreram jovens, o marido seria executado, e continuaria a trocar cartas de amor com Cristina, mesmo depois desta ter abdicado.
Foi educada, trocou correspondência, privou mesmo com alguns dos maiores nomes das artes e das letras do seu tempo (entre eles, alguns portugueses). Discutiu filosofia com Pascal e albergou no palácio Descartes. Cristina dormia três a quatro horas por noite, acordava às cinco da madrugada e pedia a Descartes para estar presente a esta hora para discutir “o amor e o ódio”. O que lhe terá sido fatal, nas noites geladas da Suécia. Descartes ali morreu de pneumonia.
Grande apreciadora de arte, terá mandado confiscar obras de todo o género como reparação de guerra. Consta que, só em 1649, foram levados para Estocolmo 760 quadros, 170 estátuas de mármore, 100 estátuas de bronze, 33.000 moedas e medalhões, 600 pedaços de cristal, 300 instrumentos científicos, manuscritos, incluindo o “Sanctae Crucis laudibus”, de Rabanus Maurus, o “Codex Argenteus” e o “Codex Gigas”. Estas obras de arte pertenciam a Rodolfo II, do Sacro-império, e foram saqueadas durante a Batalha de Praga, de 1648, e depois nas negociações de paz da Vestefália.

Cristina era realmente uma personalidade forte, que assumiu deliberadamente a sua maneira de ser e o seu comportamento. Lésbica?, poderá pensar-se. É uma questão que os historiadores pesquisam e analisam desde então. Escreveu um autobiografia onde proclamou "uma repulsa indescritível" pelo casamento, assim como "uma rejeição inenarrável por tudo o que as mulheres diziam e faziam". Confessou ainda que não estava disposta “a partilhar o seu poder com um marido”.
Quando abdicou do trono, viajou pela Europa, fixando-se em Itália, convertida ao catolicismo. Nesse processo, teve particular importância o jesuíta António de Macedo, intérprete do embaixador de Portugal, e o diplomata António Pimental de Prado, enviado do rei Filipe IV de Espanha. Morreu em 1689 e foi enterrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano (é uma das raras mulheres que ali repousam). Claro que uma tal Rainha não poderia deixar indiferente a literatura, o teatro, o cinema.
August Strindberg escreveu uma peça de teatro, “Kristina” (1901). Abundam as óperas nórdicas sobre a personagem: Jacopo Foroni, em 1849, cria “Cristina, regina di Svezia”, mas antes Alessandro Nini já tinha escrito “Cristina di Svezia” (1840), e Giuseppe Lillo uma outra “Cristina di Svezia” (1841), e, pouco depois, Sigismond Thalberg uma nova “Cristina di Svezia” (1855). No cinema, Rouben Mamoulian realizou “Queen Christina” (1933), com interpretação de Greta Garbo, filme que se tornou um ícone, apesar de apresentar uma rainha muito diferente daquela que realmente existiu.  Mesmo assim a sua imagem tornou-se um símbolo de possível bissexualidade e transsexualidade. Em 1974, novo filme, “The Abdication”, uma realização de Anthony Harvey, com Peter Finch, Liv Ullmann e Cyril Cusack. Poderiam citar-se outros filmes e adaptações televisivas. Na literatura também haveria muito a citar, mas fiquemo-nos por um romance histórico de Laura Ruohonen, "Queen C" (2003), que apresentava uma mulher que reinou segundo as suas próprias regras, muito para lá do seu século.
Fiquemo-nos por “Rainha Cristina”, de Rouben Mamoulian, que parte de um argumento de H.M. Harwood, S.N. Behrman, Ben Hecht (este não creditado), Salka Viertel e Margaret P. Levino, segundo história original destes dois últimos. Trata-se de uma curiosa versão da vida de Rainha Cristina de Suécia, numa obra que, sendo de 1933, ainda se sente marcada pela transição do cinema mudo para o sonoro. Sobretudo ao nível da interpretação. Disse-se na época que esta era a melhor interpretação de Greta Garbo. Hoje em dia não será, pois ela ainda retém muito da técnica de representar do mudo. O jogo de sobrancelhas para sublinhar certos aspectos é por demais evidente. Mas a criação da figura é muito boa, e Greta Garbo é a actriz ideal para criar essa figura de uma sexualidade híbrida, que poderemos facilmente associar à bissexualidade. Obviamente que os costumes dos anos 30 não permitiam erguer uma figura abertamente lésbica, por isso se “inventou” um caso de amor para a Rainha, um nobre espanhol de nome António, por quem ela se teria apaixonado e por quem abdicaria. Antónios existiram realmente, como já vimos, um espanhol e um português, mas tudo o mais releva de pura invenção  dramática, arrepiando caminho aos olhares da censura e do código Hays.
Não sendo uma obra-prima, denotando uma reconstituição de época algo postiça e, sobretudo, uma representação muito datada nalguns aspectos (a que foge Greta Garbo pela presença e talento), esta “Rainha Cristina” tem alguns bons momentos de cinema e alguns magníficos grandes planos de Garbo. Vale como documento de uma época e como visão romântica de uma figura que, bem no final do filme, nos surge majestosa e fulgurante, na proa de um navio, rumo ao exílio. Por aqui terá passado a inspiração de “Titanic”, de James Cameron.

RAÍNHA CRISTINA
Título original: Queen Christina
Realização: Rouben Mamoulian (EUA, 1933); Argumento: H.M. Harwood, S.N. Behrman, Ben Hecht (este não creditado), Salka Viertel e Margaret P. Levino, segundo história original destes dois últimos; Produção: Walter Wanger; Música: Herbert Stothart;  Fotografia (p/b):  William H. Daniels; Montagem: Blanche Sewell; Design de produção: Edgar G. Ulmer; Direcção artística: Alexander Toluboff; Decoração:  Edwin B. Willis; Guarda-roupa:  Adrian;  Assistentes de realização: Charles Dorian; Som: Douglas Shearer, Art Wilson; Companhias de produção: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) A Rouben Mamoulian Production; Intérpretes: Greta Garbo (Christina), John Gilbert (Antonio), Ian Keith (Magnus), Lewis Stone (Oxenstierna), Elizabeth Young (Ebba), C. Aubrey Smith (Aage), Reginald Owen (Charles), Georges Renavent (embaixador francês), David Torrence (arcebispo), Gustav von Seyffertitz (General), Ferdinand Munier, Richard Alexander, Hooper Atchley, Barbara Barondess, Wade Boteler, James Burke, Cora Sue Collins, Carrie Daumery, Muriel Evans, Edward Gargan, Lawrence Grant, Sam Harris, Paul Hurst, Gladden James, Fred Kohler, Frank McGlynn Jr., Edward Norris, Bodil Rosing, Tiny Sandford, C. Montague Shaw, Akim Tamiroff, etc. Duração: 99 minutos; Distribuição em Portugal: MGM; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 8 de Maio de 1934.


GRETA GARBO (1905 - 1990)

Greta Lovisa Gustafson, posteriormente conhecida com o nome artístico de Greta Garbo, nasceu a 18 de Setembro de 1905, em Estocolmo (Suécia), e morreu a 15 de Abril de 1990, com 84 anos, em Nova Iorque, EUA. Foi a mais nova dos três filhos de Anna Lovisa Johansson (1872 – 1944) e Karl Alfred Gustafsson (1871 – 1920). A família tratava-a por “Katha”, como ela em miúda se chamava a si própria. O pai morre em 1920 e, por imposição da vida, aos catorze anos já trabalhava numa barbearia, como “tvålflicka” (a "rapariga do creme de barba"). A sua estreia no mundo do cinema surge em filmes publicitários para lojas de Estocolmo, como uma loja de chapéus de Paul U. Bergstrom, na Hötorget Plaza, em 1921, ou a padaria da Associação Cooperativa dos Consumidores de Estocolmo, ambos os filmes dirigidos pelo "capitão" Ragnar Ring, ex-oficial da cavalaria. Foi notada. Começou a interessar-se pela representação e cursou a Academia Real de Teatro Dramático (Kungliga Dramatiska Teatern), sendo aí descoberta pelo realizador finlandês Mauritz Stiller, que viria a desempenhar um importante papel na carreira da actriz. Greta e Stiller realizam, no entanto, um único filme juntos: “A Lenda de Gösta Berling”, 1924. Mas Stiller levou Greta para a Alemanha, onde ela trabalhou com um dos mestres do expressionismo alemão, Georg W. Pabst, em “A Rua sem Sol”, 1925.
Louis B. Mayer, que dirigia a MGM, deslumbrou-se com o trabalho da jovem actriz e contratou-a, bem como a Mauritz Stiller, para viajarem até Hollywood. Foi por essa atura, estamos entre 1924 e 1925, que Greta Gustafson se transforma em Greta Garbo. Por influência de Stiller, ao que consta. Em 1925, Garbo e Stiller encontram-se em Hollywood, contratados pela MGM. Uma dupla a fazer lembrar Josef von Sternberg e Marlene Dietrich: um cineasta pigmaleão e uma actriz em formação. O triunfo não foi imediato, muito por causa do forte sotaque sueco, questão que foi ultrapassada com o tempo, tornando-se até uma das características mais reputadas de Garbo, alimentando o seu exotismo e mistério. Também o seu físico de “gordinha sueca” não ajudava, até que o produtor Irving Thalberg lhe prescreveu uma dieta rígida e algumas correcções, nomeadamente num dente, nos cabelos e na pintura dos olhos. Também Lillian Gish lhe deu preciosos conselhos, o que fez da adolescente Greta Gustafson a mítica beleza da mulher Greta Garbo. Em Nova Iorque, o fotógrafo Arnold Genthe fez o resto, com uma memorável sessão fotográfica, publicada alguns meses depois, na “Vanity Fair”, de Novembro de 1925. As fotos de Genthe entusiasmaram o estúdio que, de um dia para o outro, descobria uma estrela mais para o seu firmamento. Não uma estrela apenas. Uma das mais gloriosas estrelas de toda a história do cinema. Muitos anos depois, o Instituto Americano de Cinema considerava-a a quinta maior lenda da história da sétima arte.
A estreia de “Torrent”, de Fred Niblo, hipnotizou a plateia. A epopeia continuou com obras como “Flesh and the Devil” (1926), de Clarence Brown, “Love”, de Edmund Goulding, “The Divine Woman”, de Victor Sjostrom, “The Misterious Lady”, de Fred Niblo, “A Woman of Affairs”, de Clarence Brown, ao lado de John Gilbert, outro dos homens da vida de Greta Garbo, ou “The Kiss”, de Jacques Feyder (1929), seu último filme “mudo”. A prova de força entre Garbo e a MGM iria começar. Conseguiu fazer aprovar um contrato leonino, em que tinha direito de escolher argumentos, actores e realizadores dos filmes em que aparecia. Os êxitos sucederam-se. “Grande Hotel” (1932), o primeiro filme "all-star" da história, ao juntar tantas estrelas num mesmo filme, foi uma jogada arriscada da MGM, mas um sucesso tremendo, acabando por ganhar o Oscar de melhor filme do ano e por tornar ainda mais carismática Garbo, depois de ter pronunciado uma das réplicas que a tornariam mítica: "I want to be alone". Todas as obras seguintes foram novas demonstrações da sua beleza, da sua subtil arte de representar, do seu fascínio e mistério, da sua sedução algo ambígua, de uma sexualidade invulgar: “As You Desire Me”, de George Fitzmaurice (1932), “Queen Christina”, de Rouben Mamoulian, “The Painted Veil”, de R. Boleslawvsky, “Ana Karenina”, de Clarence Brown, “Camille”, de George Cukor, “Conquest”, de Clarence Brown, “Ninotchka”, de Ernest Lubitsch ou “Two-Faced Woman”, de George Cukor (1941), esta a sua derradeira aparição nas telas. O trauma da II Guerra Mundial e o relativo fracasso comercial do seu último filme afastaram-na definitivamente do cinema. As últimas cinco décadas da sua existência viveu-as isolada, num apartamento de sete assoalhadas, no East Side, rua 52, nº 450, em Nova Iorque, evitando todo o contacto com a imprensa. Ao longo de toda a sua vida, concedeu catorze entrevistas.
Nunca ganharia um Oscar, apesar de nomeada por três vezes: em 1930, por dois filmes, “Anna Christie” e “Romance”, em 1937, por “A Dama das Camélias”, em 1939, por “Ninotchka”. Só em 1954, Hollywood reconheceu o seu talento, quando a Academia lhe atribui um Oscar especial pela sua contribuição para a arte do cinema. Garbo não compareceu à cerimónia para receber a estatueta.
Em Abril de 1990, foi internada no New York Hospital, na rua 66, Nova Iorque, em resultado de uma pneumonia. Iria falecer às 11h30 da manhã do dia 15 de Abril de 1990, domingo de Páscoa. Cinco dias depois, foi cremada, e as cinzas transferidas para Estocolmo, onde foram depositadas no cemitério Skogskyrkogården. A mulher morria, mas a lenda permanece.


Filmografia
Como actriz / Filmes mudos: 1920: Herr och fru Stockholm, de Ragnar Ring (curta-metragem) (na Suécia); Konsum Stockholm Mr. and Mrs. Stockholm, de Ragnar Ring (curta-metragem de publicidade) (na Suécia); 1921: En lyckoriddare / A Happy Knight, de John W. Brunius (na Suécia); 1922: Luffar-Petter, de E. A. Petschler (na Suécia); Kärlekens ögon / A Scarlett Angel (O Anjo Escarlate) - Greta aparece apenas como figurante (na Suécia); 1924: Gösta Berling's Saga (A Lenda de Gösta Berling), de Maurice Stiller (na Suécia); 1925: Die Freudlose Gasse (Rua Sem Sol), de Georg W. Pabst (na Alemanha); 1926: Torrent (A Torrente), de Fred Niblo e M. Bell (nos EUA); The Temptress (A Tentadora), de Fred Niblo e Mauritz Stiller; 1927: Flesh and the Devil (O Demónio e a Carne), de Clarence Brown; Amor – Ana Karenina (Love), de Edmund Goulding; 1928: The Divine Woman (A Mulher Divina), de Victor Sjostrom; The Misterious Lady (A Mulher Misteriosa), de Fred Niblo; A Woman of Affairs (Mulher de Brio), de Clarence Brown; 1929: Wild Orchids (Orquídeas Bravas), de S. Franklin; The Single Standard (O Direito de Amar), de J. S. Robertson; A Man's Man (Um Homem), de James Cruze - breve aparição ao lado de John Gilbert e do diretor Fred Niblo, interpretando-se a si mesma; The Kiss (O Beijo), de Jacques Feyder;

Filmes sonoros: 1930: Anna Christie (Ana Cristina), de Clarence Brown ; Anna Christie (versão alemã), de Jacques Feyder; Romance (Romance), de Clarence Brown; 1931: Inspiration (Inspiração), de Clarence Brown; Susan Lenox: Her Fall and Rise (A Cortesã), de R. Z. Leonard; Mata Hari (Mata Hari), de George Fitzmaurice; 1932: Grand Hotel (Grande Hotel), de Edmund Goulding; As You Desire Me (Como Tu Me Desejas), de George Fitzmaurice; 1933: Queen Christina (Rainha Cristina), de Rouben Mamoulian; 1934: The Painted Veil (O Véu das Ilusões), R. Boleslawvsky; 1935: Anna Karenina (Ana Karenina), de Clarence Brown; 1936: Camille (Margarida Gauthier), de George Cukor; 1937: Conquest (Maria Walewska), de Clarence Brown; 1939: Ninotchka (Ninotchka), de Ernest Lubitsch; 1941: Two-Faced Woman (A Mulher de Duas Caras), de George Cukor.

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