sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

SESSÃO 5 - 1 DE FEVEREIRO DE 2016


O LÍRIO QUEBRADO (1919)
  
Uma das características mais marcantes do cinema de Griffith é seguramente o tratamento dado à figura da mulher. Em todos os filmes que conhecemos deste cineasta, a mulher ocupa não só um lugar privilegiado, como também é o centro de quase todas as injúrias e maus-tratos, das humilhações e intolerância de uma sociedade onde o homem impera e predomina pela violência. Não há uma dicotomia maniqueísta homem-mulher, nada disso, há retratos muito diversos e nuanceados de homens, mas, que nos lembre, entre todas as mulheres vistas em filmes de Griffith, muito raras são as megeras (como Lydia Brown, a amante mulata Stoneman, em “Nascimento de uma Nação”) ou venenosas (como a tenebrosa Catarina de Medicis, em “Intolerância”). A mulher, em Griffith, é um ser belo (Mary Pickford, Lillian Gish e a irmã Dorothy, Mae Marsh, Miriam Cooper, Norma Talmadge, Linda Arvidson, Blanche Sweet, para só citar algumas protagonistas), puro e indefeso, que se descobre alvo fácil de muitas armadilhas. Um dos mais notáveis retratos de mulher da filmografia de Griffith, vamos encontrá-lo em “O Lírio Quebrado”, que é igualmente um dos filmes mais perfeitos e deslumbrantes do mestre.
Não deixa de ser estranho ver surgir este filme, discreto, intimista, frágil como o caule de um lírio, secreto, sensível e perturbante, logo a seguir à fase mais épica e monumental da carreira do realizador. Depois de “The Birth of a Nation” (1915), “Intolerance” (1916) e logo a seguir a uma obra rodada em França e Inglaterra, no interior das trincheiras da I Guerra Mundial, “Hearts of the World” (1918), aparece este “Broken Blossoms”, cujo subtítulo é "The Yellow Man and the Girl" (1919), que introduz uma atmosfera irreal e simbólica numa história de amor protagonizada por três personagens: Lucy, The Girl (Lillian Gish, com 23 anos, interpretando a inocente figura de uma jovem de 15, o que levou a actriz a inicialmente recusar o papel, temendo pela sua verosimilhança), The Yellow Man (Richard Barthelmess, um actor branco na pele de um chinês idealista) e o brutal Battling Burrows (Donald Crisp), pai de Lucy, uma filha ilegítima de que ele abusa de todas as formas e maltrata até à morte.
Curiosamente, nesta história de amor sem maldade há um pouco de tudo ao nível do vício e do pecado. Adaptada do romance de Thomas Burke, “Limehouse Nights”, a obra passa por casas de consumo de ópio e de prostituição, por conflitos raciais, brutalidade, jogo, abuso de crianças, vinganças e traições, rings de boxe e alcoolismo, usura e assassinato. Refira-se ainda que deve ter sido dos primeiros filmes americanos a assumir uma história de amor inter-racial, ainda que ambos os intervenientes jurem a pés juntos que “nada de mal se passou”.


Rodado em três semanas, com fabulosa fotografia nocturna e de interior (quase todo o filme se passa entre dois cenários interiores, e três ou quatro exteriores) de Henrick Sartov, com um orçamento reduzido, “Broken Blossoms” acabaria por ser um assinalável e merecido triunfo de público e de crítica. Entre as longas-metragens conhecidas de Griffith será uma das mais perfeitas, aquela em que conteúdo e forma mais se harmonizam, e onde o talento e sensibilidade do cineasta não são atraiçoados por tomadas de posições anti-natura, como acontecia em “The Birth of a Nation” (que, se não fosse o seu tom apologético do KKK, e o seu racismo, seria de longe a obra-prima absoluta do cineasta, tal a quantidade de momentos de sublime mestria e invulgar sensibilidade).
Este filme, quase todo passado no bairro de Limehouse, numa Londres brumosa e muito dickensiana, um bairro que bordeja o Tamisa, misturando as brumas da maresia com o nevoeiro, viria mais tarde a influenciar muitos outros filmes e cineastas, mas particularmente Federico Fellini, em “La Strada” (1954), com protagonistas muito semelhantes: a inocente, o brutamontes e o idealista (Pauline Kael desenvolve uma longa teoria sobre o caso, que nos parece mais ou menos óbvia).
O prólogo inicia-se na China, onde principia este “conto do templo das campainhas, soando ao entardecer perante a imagem de Buda. Um conto de amor e amantes. Um conto de lágrimas”. Nas ruas de uma cidade chinesa, o movimento intenso, as crianças, um fumador de ópio, o pequeno comércio das ruelas, os soldados americanos nas ruas, o templo de Buda, Yellow Man ouve os últimos conselhos de um sacerdote, antes de partir para Ocidente, para Londres, em “missão de paz para com os bárbaros Anglo-Saxónicos”.
Em Londres, no bairro de Limehouse, trabalha numa loja de que anos mais tarde é proprietário, e onde se pode ler o letreiro "Cheng Huan". Em Londres, descobre as sórdidas realidades da vida que o nevoeiro teima em encobrir. Casas de prostituição e vício, de ópio, onde Ocidente e Oriente se encontram e interroga-se se “nesta escarlate casa de pecado, ainda se ouvem os sinos do templo?”.
Muito perto dessa casa, vive Lucy e o pai, um pugilista embrutecido, que se dedica a mulheres e vinho, e muito pouco ao treino, mas cuja força e brutalidade permitem ir vencendo todos os combates em que intervém. Lucy vagueia pelas docas, indiferente a "Fantan, the Goddess of Chance", ouvindo antes os conselhos de uma pobre dona de casa que trata da família e lhe aconselha: “O que quer que faças, não te cases!”. Nas vielas, cruza-se com prostitutas que a alertam também para os perigos desta vida de falsa facilidade. O dilema parece cruel. Que futuro para Lucy?
Chegada a casa, o pesadelo. O pai, Battling Burrows, “um bêbado gorila de East London”, festeja a última vitória, prepara a próxima, com uma refeição e uma exigência: “Põe um sorriso nesses lábios”. Lucy, que não sabe o que é sorrir, leva dois dedos às extremidades da boca e puxa-as para cima, simulando um sorriso, cena que irá permanecer como a referência obrigatória desta obra de uma criatividade de imagens notável. Lucy nasceu de uma das muitas aventuras de Battling Burrows, e permanece na casa como criada para todo o serviço. O “manager” de Battling Burrows lamenta-se da vida do boxeur, mas não tem poder para impedir o álcool que continua a escorrer, nem as mulheres que continua a frequentar.
Por seu lado, Yellow Boy encontra dois padres que lhe pedem informações sobre a China. Um deles vai partir, para converter “infiéis”. (Atente-se na reciprocidade da situação inicial: Yellow Boy veio para Londres “pacificar os bárbaros”).
Lucy procura uma herança da mãe, deixada com o intuito de dela se servir no casamento, e sai para a rua para comprar alimentos com o dinheiro feito com a venda. Encontra Yellow Boy, enquanto Evil Eye (Edward Peil) a convida a ingressar na prostituição. Yellow Boy protege-a. Lucy regressa a casa, onde um pai irado espera pelo “chá das cinco”. Um acidente leva-a a entornar comida sobre a mão do pai e este desanca-a impiedosamente. A humilhação de Lucy e o seu pavor ficam retratados quando esta, com a saia, lhe limpa o pó dos sapatos, procurando furtar-se à brutalidade. “Não me bata, Pai!”, grita. Mas o pai é impiedoso e deixa-a à porta da morte.
Quando o pai abandona a casa, para um novo combate, Lucy foge, arrasta-se pelas ruas, e vai cair inanimada no centro da loja de Yellow Boy, numa posição fetal. Yellow Boy passa por ela sem a ver, depois nota a presença da rapariga no chão, e esfrega os olhos como se estivesse a acordar de um sonho. Ampara Lucy, que recebe o primeiro gesto de gentileza da sua vida. Trata-lhe das feridas, recolhe-a, leva-a para o seu quarto, a sua cama. Os seus rostos aproximam-se perigosamente, mas recuam. Arranja-lhe o quarto como se fosse para uma princesa. “Por que és tão bom para mim, Chinoca?”, pergunta Lucy, mas Yellow Boy cria magia, captando os raios do luar e fazendo-os incidir na cama de Lucy. Yellow Boy cumpre a sua missão de trazer paz aos bárbaros anglo-saxónicos. Ela será para ele esse idealizado e puro “lírio branco”.
Um espião (George Beranger) que entra ocasionalmente na loja descobre que Lucy aí se encontra e vai relatar o caso a Battling Burrows, que fica enfurecido, sabendo a sua filha com o Chinoca: Ele “acima de tudo detesta toda a gente que não nasceu num grande país como o seu”.
Entretanto, Lucy aconchega junto de si uma boneca que vira na montra da loja do chinês e que fora o motivo por que procurara refúgio nessa casa. A boneca é uma projecção da filha que gostaria de ter, de um amor impossível, mas também a imagem de uma mãe que nunca tivera.
Enquanto o pai combate com os punhos no ringue, Lucy e Yellow Boy combatem com os sentimentos nesse quarto refúgio. Olham, aproximam-se, afastam-se. O casamento entre raças diferentes era proibido em 1919, logo impossível qualquer promiscuidade sexual. Mas há uma certa perversidade na forma de filmar de Griffith, que leva o espectador a antever algo que as legendas logo contradizem: "T'ain't nothing wrong!". Não houve nada de mal? E não haverá também nada de mal, nas noites passadas em casa do pai?
Acabado o combate, Battling Burrows vai resgatar a filha, leva-a para casa, espanca-a até à morte. É o desenlace da tragédia. Yellow Boy aparece com um revólver e liquida o assassino, acabando por se suicidar num improvisado haraquiri. Antes de morrer, Lucy violenta mais uma vez um sorriso no seu rosto, elevando os lábios com os dedos.
Este pormenor do sorriso arrancado com os dedos foi uma invenção de Lilian Gish, que torna a cena sublime. Aliás, Lillian Gish foi um dos grandes trunfos de David W. Griffith. “Quando Lilian Gish me deixou, acabou tudo”, confessou um dia o realizador. Não terá sido tanto assim, mas a verdade é que a ligação Griffith-Gish foi uma das mais brilhantes da história do cinema. Lilian Gish era uma actriz notável, e uma presença absorvente. Também ela reconheceu que lhe devia tudo a ele, e muitos anos depois, não o esquecia. Durante as filmagens de “Um Casamento”, de Robert Altman, Lillian Gish dirigia-se ao director de fotografia nestes termos: "Tenta dali! Tenta! Se Deus tivesse querido que me filmasses desse ângulo, ter-te-ia colocado uma câmara no umbigo. Mr. Griffith sempre disse: “Filma de cima para parecer um anjo, filma de baixo para parecer um diabo". Quando filmava "The Whales of August", em 1987, Lillian Gish tinha como companheira outra lenda do cinema, Bette Davis. Lindsay Anderson, o realizador, conta também esta história curiosa: “Um dia, depois de ter terminado mais um plano, disse a Lillian Gish: “Miss Gish, acabou de me dar o mais belo grande plano.” “Tinha que ser!”, observou ironicamente Bette Davis. “Ela inventa-os”.

O LÍRIO QUEBRADO
Título original: Broken Blossoms ou The Yellow Man and the Girl ou Scarlet Blossoms ou The Chink and the Child
Realização: D.W. Griffith (EUA, 1919); Argumento: D.W. Griffith, Thomas Burke (segundo história deste último, “The Chink and the Child”); Produção: D.W. Griffith; Música: D.W. Griffith; Carl Davis, David Cullen (versão de 1983); Fotografia (p/b): G.W. Bitzer; Montagem: James Smith; Departamento de arte: Joseph Stringer; Efeitos visuais: Hendrik Sartov; Companhia de produção: D.W. Griffith Productions; Intérpretes: Lillian Gish (Lucy Burrows), Richard Barthelmess (Cheng Huan), Donald Crisp (Burrows), Arthur Howard (treinador de Burrows), Edward Peil Sr. (Evil Eye), George Beranger, Norman Selby, Ernest Butterworth, Fred Hamer, Wilbur Higby, Moon Kwan, George Nichols, Karla Schramm, etc. Duração: 90 minutos; Distribuição em Portugal (Vídeo): JRB; Classificação etária: M/ 12 anos.


LILLIAN GISH (1893-1993)
As maiores estrelas do cinema mudo norte-americano terão sido Lillian Gish, Mary Pickford e Gloria Swanson. Lillian Diana Gish nasceu a 14 de Outubro de 1893, em Springfield, Ohio, EUA, e faleceu a 27 de Fevereiro de 1993, em Nova Iorque, EUA, com 99 anos. A família era de emigrantes ingleses, escoceses, irlandeses e franceses e consta que nos antepassados se contava um presidente dos EUA, Zachary Taylor. Filha de James Leigh Gish e de Mary Robinson McConnel, ela e a irmã Dorothy Gish foram educadas pela mãe, depois de o pai deixar a família. Vivem pobremente em Nova Iorque, onde a mãe era empregada de uma loja, e, ainda muito novas, entram ambas para o teatro (1902), numa companhia itinerante, participando mesmo numa tournée com Sarah Bernhardt. Dez anos mais tarde, recomendadas por Mary Pickford a D.W. Griffith, entram para o cinema, começando a fazer parte do elenco de muitos filmes mudos, curtas-metragens então, deste cineasta, considerado o pai do cinema enquanto linguagem específica e artística. Lillian Gish inicia assim uma carreira invulgar, com mais de 120 títulos na sua filmografia. Em 1915, aparece em “Nascimento de Uma Nação”, mais tarde em “Intolerância”, “Aos Corações do Mundo”, “O Lírio Quebrado”, “As Duas Tormentas”, “As Duas Orfãs”, algumas das obras maiores de D.W. Griffith. Em 1920, realiza um filme, o único da sua carreira atrás das câmaras, “Remodeling Your Husband”, protagonizado pela irmã Dorothy. A conselho de Griffith, parte para novos horizontes, outras companhias, outros cineastas, novos filmes que a mantêm em primeiro plano entre as actrizes mundiais, mesmo depois do aparecimento do sonoro. Foi primeira figura da MGM, interpreta com escândalo “La Bohème”, sob as ordens de King Vidor, depois em duas obras dirigidas pelo enorme Victor Sjöström, “A Mulher Marcada” e “O Vento”. Entre os anos 40 e 80, surge em “Duelo ao Sol”, de King Vidor, “O Retrato de Jennie”, de William Dieterle, “Paixões Sem Freio”, de Vincente Minnelli, “A Sombra do Caçador”, de Charles Laughton, “O Passado Não Perdoa”, de John Huston, “Os Comediantes”, de Peter Glenville, “Um Casamento”, de Robert Altman, terminando a sua contribuição em 1987, com “As Baleias de Agosto”, de Lindsay Anderson. Entretanto dispersou muita colaboração pelo teatro, entre 1913 e 1976, sendo figura de proa nos palcos da Broadway, e pela televisão. Deixou pelo caminho uma multidão de admiradores, entre eles o escritor Francis Scott Fitzgerald. Preocupada com a conservação dos filmes mudos, pugnou pelo seu restauro e exibição. Contrariamente a Mary Pickford, por exemplo, que destruiu os seus próprios filmes, com medo do ridículo. Faleceu em 27 de Fevereiro de 1993, e encontra-se sepultada em Saint Bartholomew's Episcopal Church, Manhattan, Nova Iorque.
Em 1971, Lillian Gish conquistou um Oscar especial, pela sua contribuição para a arte e pela contribuição para o progresso do cinema. Em 1947, foi nomeada para Melhor Actriz Secundária, pelo seu trabalho em “Duelo ao Sol”. Repetiu a nomeação, em 1968, agora nos Globos de Ouro, no filme “Os Comediantes”. O American Film Institute concedeu-lhe um “Life Achievement Award”, em 1984. Estes foram alguns dos muitos prémios e honrarias que conquistou ao longo da sua carreira. Possui uma estrela no “Walk of Fame”, em Hollywood, atribuída em 1960, e visível frente ao 1720 de Vine Street. Em 1983, Jeanne Moreau realizou “Lillian Gish”, um documentário sobre esta actriz que ela tanto admirava e, em 1973, François Truffaut dedicou a ela e à irmã Dorothy o seu filme “La Nuit américaine”. Nunca se casou nem teve filhos. Um dia disse: “Acredito que o casamento é uma carreira. Prefiro uma carreira no palco a uma carreira casada”.

Filmografia:
Como actriz (filmografia parcial, elidindo-se sobretudo muitos filmes da época do mudo, ainda curtas-metragens): 1912: An Unseen Enemy, de D.W. Griffith (curta-metragem); Two Daughters of Eve, de D.W. Griffith (curta-metragem); So Near, Yet So Far, de D.W. Griffith (curta-metragem); The Musketeers of Pig Alley), de D.W. Griffith (curta-metragem); The New York Hat (O Chapéu de Nova Iorque), de D. W. Griffith (curta-metragem); The Burglar's Dilemma, de D.W. Griffith (curta-metragem); 1913: The Mothering Heart, de D.W. Griffith (curta-metragem); 1914: Judith of Bethulia, de D.W. Griffith; The Battle of the Sexes, de D.W. Griffith (curta-metragem); Home, Sweet Home, de D.W. Griffith (curta-metragem);  1915: The Birth of the Nation (O Nascimento de Uma Nação), de D.W. Griffith; Enoch Arden, de Christy Cabanne (curta-metragem); Captain Macklin, de John B. O'Brien (curta-metragem); The Lily and the Rose, de Paul Powell (curta-metragem); 1916: Daphne and the Pirate, de Christy Cabanne (curta-metragem); An Innocent Magdalene, de Allan Dwan (curta-metragem);  Intolerance (Intolerância), de D.W. Griffith; Diane of the Follies, de Christy Cabanne; 1917: Souls Triumphant, de John B. O'Brien; 1918: Hearts of the World (Aos Corações do Mundo), de D.W. Griffith; The Great Love, de D.W. Griffith; The Greatest Thing in Life, de D.W. Griffith; 1919: A Romance of Happy Valley (A Romance of Happy Valley, de D.W. Griffith; Broken Blossoms (O Lírio Quebrado), de D.W. Griffith; True Heart Susie, de D.W. Griffith; The Greatest Question (O Grande Problema), de D.W. Griffith; 1920: Way Down East (As Duas Tormentas), de D.W. Griffith; 1921: Orphans of the Storm (As Duas Orfãs), de D.W. Griffith; 1923: The White Sister (A Irmã Branca), de Henry King; 1924: Romola (Romola), de Henry King: Romola; 1925: Ben-Hur: A Tale of the Christ), de Fred Niblo (não creditada); 1926: La Bohème (A Boémia), de King Vidor; The Scarlet Letter (A Mulher Marcada), de Victor Sjöström; 1927: Annie Laurie (Annie Laurie), de John S. Robertson; The Enemy (O Inimigo), de Fred Niblo; 1928: The Wind (O Vento), de Victor Sjöström; 1930: One Romantic Night, de Paul L. Stein; 1933: His Double Life, de Arthur Hopkins; 1942: Commandos Strike at Dawn (Os Comandos Atacam ao Amanhecer), de John Farrow; 1943: Top Man (O Grande Homem), de Charles Lamont; 1946: Miss Susie Slagle's (A Vida nas Suas Mãos), de John Berry; 1946: Duel in the Sun (Duelo ao Sol), de King Vidor; 1948: Portrait of Jennie (O Retrato de Jennie), de William Dieterle; 1955: The Cobweb (Paixões Sem Freio), de Vincente Minnelli; The Night of the Hunter (A Sombra do Caçador), de Charles Laughton; 1958: Orders to Kill, de Anthony Asquith; 1960: The Unforgiven (O Passado Não Perdoa), de John Huston; 1966: Follow Me, Boys! (Gente Nova), de Norman Tokar; Warning Shot (Tiro de Aviso), de Buzz Kulik; 1967: The Comedians (Os Comediantes), de Peter Glenville; 1978: A Wedding (Um Casamento), de Robert Altman; 1986: Sweet Liberty (Doce Liberdade), de Alan Alda; 1987: The Whales of August (As Baleias de Agosto), de Lindsay Anderson.

Na televisão, surgiu igualmente em muitas obras, teledramáticos e séries, entre as quais: 1949-1953: The Philco Television Playhouse; 1949: The Ford Theatre Hour; 1951: Celanese Theatre;  1951-1954: Robert Montgomery Presents; 1952: Schlitz Playhouse of Stars; 1953 Christmas Festival Hour of Music; 1953: The Trip to Bountiful; 1954 Campbell Playhouse; 1955: Playwrights '56; Kraft Television Theatre; 1956: The Alcoa Hour; Ford Star Jubilee; 1960 Play of the Week; 1961: Theatre '62; 1961 The Spiral Staircase; 1962-1964: The Defenders; 1963 Breaking Point; Mr. Novak; 1964: The Alfred Hitchcock Hour; 1969: Arsenic and Old Lace; 1976: Twin Detectives; 1978: Sparrow; 1981: The Love Boat; Thin Ice; 1983: Hobson's Choice; 1986: American Playhouse.           

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