segunda-feira, 21 de março de 2016

SESSÃO 12: 28 DE MARÇO DE 2016


A ESTRANHA PASSAGEIRA (1942)

Irving Rapper (1898-1999), nascido em Londres, mas respeitado cineasta norte-americano, para todos os efeitos, não se pode considerar um dos seus grandes autores, mas a verdade é que assinou alguns dos sucessos dos anos 40, estando muito associado a triunfos de Bette Davis, enquanto ambos trabalharam para a Warner Bros. Começou a carreira como actor, depois encenador na Broadway, enquanto estudava na Universidade de Nova Iorque, passando ao cinema, em 1936, como dialoguista e assistente de realização contratado pela Warner Bros. Entre 1942 e 1952 dirigiu Bette Davis em quatro filmes, considerados dos melhores desta primeira fase da actriz: “Now, Voyager” (1942), “The Corn Is Green” (1945), “Deception” (1946), e “Another Man's Poison” (1952). Mas Rapper dirigiu outros filmes particularmente interessantes, como “The Adventures of Mark Twain” (1944), o dedicado a George Gershwin, “Rapsódia em Blue” (1945), “One Foot in Heaven” (1941), “The Brave One” (1956), com o qual Dalton Trumbo ganhou um Oscar da Academia, assinando com o pseudónimo Robert Rich, pois estava inscrito nas listas negras do macarthismo, ou “The Glass Menagerie” (1950), primeira adaptação ao cinema de uma peça teatral de Tennessee Williams. Morreu dias antes de completar 102 anos.
Entretanto, Bette Davis, que entrara para a Warner em 1932, depois de uma curta passagem pela Universal, sem qualquer relevo, torna-se num dos rostos da produtora, possivelmente a sua vedeta de maior sucesso. Em 1934, consegue a primeira das suas onze nomeações para Melhor Actriz, em “Of Human Bondage”, no ano seguinte ganhou o seu primeiro Oscar com “Dangerous” e, três anos depois, repete o feito com “Jezebel”. No seu período Warner surge ainda em “Dark Victory”, “The Old Maid”, “The Letter”, “The Little Foxes”, “The Great Lie”, ou “Mr. Skeffington”. “Deception” (1946) marca o início de um curto período de apagamento, regressando em glória em “All About Eve” (1951).


“Now, Voyager” parte de um romance de Olive Higgins Prouty que integra uma saga familiar em cinco volumes, “The White Fawn” (1931), “Lisa Vale” (1938), “Now, Voyager” (1941), “Home Port” (1947), e “Fabia” (1951). Ambientado em Boston, esta terceira etapa da história da família Vale andou em bolandas pelo estúdio Warner durante vários anos. Inicialmente seria o realizador Edmund Goulding a dirigi-la com Irene Dunne como protagonista, depois coube a vez a Michael Curtiz, que pretendia trabalhar com Norma Shearer. Mas o produtor Hal B. Wallis acabou por achar que Bette Davis seria a melhor aposta, escolhendo o jovem Irving Rapper para concretizar o projecto. Bette Davis era já conhecida pelo seu mau feitio, por um lado, e perfeccionismo por outro. Apanhando pela frente um director tenrinho, terá manobrado a seu belo prazer. Parece que escolheu o guarda-roupa, seu e de outros actores, interferiu no penteado de Paul Henreid, discutiu o argumento e não seria surpresa para ninguém se tivesse dado os seus palpites à iluminação do director de fotografia, Sol Polito. Afinal ela sabia muito bem qual o seu melhor ângulo e o seu perfil predilecto. Irving Rapper ter-se-á lamentado da sua relação com Davis, o que já não era novidade, no filme anterior a actriz cortara relações com Michael Curtiz, mas sempre elogiou o extraordinário talento da actriz. Pelo resultado final, não se pode dizer que Bette Davis e Irving Rapper não tenham, em conjunto, funcionado bem, pelo menos para o espectador, dado que o resultado final acabaria por ser um dos mais belos e modelares melodramas desta época no cinema americano.
“Estranha Passageira” é uma daquelas obras onde tudo parece harmonizar-se de forma perfeita, onde o toque de magia terá imperado, onde a soma de todos os elementos acaba por ser superior ao que se poderia esperar. O argumento é extremamente interessante e desenvolve-se de forma coerente, mantendo o espectador envolvido pelo ambiente e pelo destino das personagens. Deve dizer-se que a realização é sóbria e profundamente eficaz, com momentos de subtil toque de classe, quer pelos enquadramentos, pelos movimentos discretos, pela tonalidade escolhida. Muito contribui a excelente fotografia de Sol Polito, num preto e branco particularmente sugestivo, e a partitura musical de Max Steiner, que se tornou um clássico. 
 

A protagonista é Charlotte Vale (Bette Davis), que no início nos surge como uma jovem mulher perfeitamente subjugada ao domínio tirânico de uma mãe possessiva e arrogante. Mrs. Henry Vale (Gladys Cooper) é uma velha empertigada e opressiva que encerra a filha num colete-de-forças que a leva à esquizofrenia. O retrato então composto por Bette Davis é notável, desde o cabelo aos sapatos, dos óculos ao vestidinho de ramagens que só pode ser a preto e branco ou em tons de cinzentos, passando pela postura das mãos, à forma como anda ou se senta, culminando com o tom de voz, entre o hesitante, o indeciso e o reprimido. Um dia, encontra o Dr. Jaquith (Claude Rains), que a convida a passar uns dias na sua clínica, onde reabilita Charlotte, instilando-lhe confiança, independência de movimentos, a liberta de constrangimentos, insuflando-lhe nova vida. Afasta-se da casa materna, adquire nova postura, muda de visual, transforma-se, dir-se-ia uma outra mulher. Viaja, donde o título “Now, Voyager”, citação de um verso de um poema de Walt Whitman, incluído no seu livro “Leaves of Grass” (The Untold Want/ By Life and Land Ne'er Granted/ Now, Voyager/ Sail Thou Forth to Seek and Find). Durante um cruzeiro que termina no Rio de Janeiro (a viagem era para ser pela Europa, mas o facto desta se encontrar devastada pela guerra, mudou o rumo da viagem, segundo os produtores), encontra Jerry Durrance (Paul Henreid), um arquitecto, casado e pai de uma filha com problemas. Do encontro resulta uma paixão que atravessará toda a acção restante do filme. Estamos numa época em que o código Hays imperava, por isso tudo parece permanecer no mais rígido registo da moral dominante, mas, sob a aparência desse “nada acontecer de mal”, palpita uma sensualidade fortíssima, lateja um erotismo que tudo deixa supor. Por vezes é mais forte o que se elide do que o que se mostra. É o caso, servido por actores que sabem usar as palavras, os olhares, os gestos, os subentendidos para gerarem um clima de paixão libidinal indesmentível.
Num tempo em que a psicanálise entusiasmava Hollywood, este melodrama admiravelmente concebido sobre a emancipação de uma mulher (sobre a emancipação “da” mulher) permanece um marco de invejável modernidade.

A ESTRANHA PASSAGEIRA
Título original: Now, Voyager
Realização: Irving Rapper (EUA, 1942); Argumento: Casey Robinson, segundo romance de Olive Higgins Prouty; Produção: Hal B. Wallis;  Música: Max Steiner; Fotografia (p/b): Sol Polito; Montagem: Warren Low; Direcção artística: Robert M. Haas; Decoração:  Fred M. MacLean; Guarda-roupa:  Orry-Kelly; Maquilhagem: Perc Westmore, Martha Acker, Edwin Allen; Direcção de Produção Al Alleborn; Assistentes de realização: Emmett Emerson, Sherry Shourds; Departamento de arte: Scotty Moore, John More; Som: Robert B. Lee; Efeitos especiais: Willard Van Enger; Companhia de produção: Warner Bros.; Intérpretes: Bette Davis  (Charlotte Vale), Paul Henreid (Jerry Durrance), Claude Rains (Dr. Jaquith), Gladys Cooper (Mrs. Henry Vale), Bonita Granville (June Vale), John Loder (Elliot Livingston), Ilka Chase (Lisa Vale), Lee Patrick, Franklin Pangborn, Katharine Alexander, James Rennie, Mary Wickes, Tod Andrews, Brooks Benedict, David Clyde, Yola d'Avril, Frank Dae, Donald Douglas, Charles Drake, Claire Du Brey, etc. Duração: 117 minutos; Distribuição em Portugal: Warner Bros (DVD); Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 21 de Janeiro de 1947.


BETTE DAVIS (1908 - 1989)
Ruth Elizabeth Davis ou Bette Davis, também conhecida como “The Fifth Warner Brother” ou “The First Lady of Film”, nasceu a 5 de Abril de 1908, em Lowell, Massachussets, EUA, e viria a falecer, aos 81 anos, em Neuilly-sur-Seine, França, no dia 6 de Outubro de 1989. Foi casada com Harmon Nelson (1932 - 1938), Arthur Farnsworth (1940 - 1943), William Grant Sherry (1945 - 1950) e Gary Merrill (1950 - 1960). Foram conhecidos os seus relacionamentos com William Wyler e Howard Hughes.
Ganhou dois Oscars da Academia, como Melhor Actriz em 1936, para “Mulher Perigosa” e, em 1939, para “Jezebel, a Insubmissa”, mas foi nomeada por mais nove vezes: 1934: “Of Human Bondage”, 1939: “Dark Victory”, 1940: “The Letter”, 1941: “The Little Foxes”, 1942: “Now, Voyager”, 1944: “Mr. Skeffington”, 1950: “All About Eve”, 1952: “The Star” e 1962: “What Ever Happened to Baby Jane?. Globos de Ouro, como Melhor Actriz, em 1950, por “All About Eve”, em 1961, por “A Pocketful of Miracles”, em 1962, por “What Ever Happened to Baby Jane?” e em 1974, Prémio Cecil B. DeMille pelo conjunto da sua obra. Prémio de Melhor Actriz para o Círculo de Críticos de Nova York, em 1950, por “All About Eve”. Foi “Emmy Awards”, como Melhor Actriz em Mini série ou Filme, em 1979, pelo trabalho em “Strangers: The Story of a Mother and Daughter”. Prémio Cecil B. DeMille. Prémio Honorário do “Screen Actors Guild Life Achievement”. Melhor Actriz, no Festival de Cannes de 1951, em “All About Eve”. Cesar honorário em 1974 (França). Melhor Actriz, no Festival de Veneza (Itália), em 1937, por “Kid Galahad”.
Bette Davis foi uma actriz muito versátil e particularmente dotada, que gostava sobretudo de interpretar personagens algo antipáticas, percorrendo dramas e melodramas, policiais, comédias ou filmes históricos. Trabalhou no teatro, no cinema e na televisão, quase até ao fim da sua vida, apesar de doente (cancro da mama). Estreou-se no teatro, passou pela Broadway, antes de aparecer em Hollywood, em 1930. As produções da Universal Studios onde participou não faziam prever o sucesso futuro, que começa logo que passa para a Warner Bros. em 1932. Foi uma diva incontestada durante os anos 40 e 50, facilmente reconhecida pelo estilo muito pessoal, pela frontalidade e coragem demonstrada nalguns confrontos com estúdios e mesmo com realizadores. Com voz forte, cigarro na mão, e imagem desembaraçada, impôs uma personagem inesquecível.
Foi uma das co-fundadoras da Hollywood Canteen, juntamente com John Garfield, Cary Grant e Jule Styne, uma iniciativa criada para angariar fundos para o Exército e entreter soldados norte-americanos durante a II Guerra Mundial e foi a primeira presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Os pais foram Harlow Morrell Davis, um advogado, e Ruth ("Ruthie") Augusta. A família era protestante, de origem inglesa, francesa e escocesa. Em 1915, depois do divórcio dos pais, “Betty”, como era carinhosamente conhecida, estudou num internato de Crestalban, em Lanesborough, cidade do planalto de Berkshire. Em 1921, Ruth Davis mudou-se com as filhas para Nova Iorque, onde trabalhou como retratista. Após assistir às representações de Rudolph Valentino em “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse” (1921), e Mary Pickford em “O Pequeno Lord” (1921), Betty sentiu que a sua vocação era o teatro e o cinema, no que foi incentivada pela mãe. Frequentou o internato Cushing Academy, em Ashburnham, Massachusetts, onde conheceu seu primeiro marido, Harmon O. Nelson. Em 1926, assistiu a uma representação da peça “O Pato Selvagem”, de Henrik Ibsen, e "mesmo antes de a peça começar, eu queria ser actriz. Quando ela terminou, eu tinha que ser uma actriz… exactamente como Peg Entwistle", a protagonista do espectáculo. Tentou entrar no Civic Repertory Theatre, uma companhia de teatro dirigida por Eva LeGallienne, em Manhattan, mas foi rejeitada pela própria LeGallienne, que a acusou de ser "frívola" e "falsa". Pouco depois, seria aceite na John Murray Anderson School of Theatre, onde estudou dança com Martha Graham. Depois de um teste não muito conclusivo na companhia de teatro de George Cukor, este deu-lhe um papel, o de uma corista, numa peça da Broadway, durante uma semana. Depois de andar por Filadélfia, Washington D.C. e Boston, Bette Davis estreou-se na Broadway, em 1929, com a peça “Pratos Quebrados”, sendo notada por um caçador de talentos da Universal Pictures, que a convidou para um teste em Hollywood. Em “The Bad Sister” (1931), Davis fez sua primeira aparição nos cinemas, num papel insignificante. O filme, de série B, é hoje recordado por assinalar as estreias de Bette Davis e Humphrey Bogart no cinema, marcando o nascimento de dois dos mitos maiores da cinematografia mundial. Já sob contrato da Warner, Bette Davis convence os directores a cedê-la à RKO Pictures, para a produção de “Of Human Bondage”, em 1934. O filme, uma adaptação do romance homónimo do britânico W. Somerset Maugham, com Leslie Howard, obteve grande sucesso crítico. A “Life” escrevia que a Mildred Rogers de Bette Davis talvez fosse "a melhor interpretação de uma actriz americana registada em filme". Como o filme não foi nomeado para os Oscars, a actriz Norma Shearer iniciou uma campanha pela nomeação, pressionando a academia, alterando as regras para a votação do ano, permitindo que nomes não presentes nos boletins pudessem ser votados. No ano seguinte, a Warner Bros. deu-lhe o papel principal em “Dangerous”, sendo desta feita oficialmente candidata, e premiada pela primeira vez com o Oscar.
A partir daí, coleccionou trabalhos empolgantes, em “Jezebel”, de William Wyler (que foi o grande amor da sua vida, segundo ela própria confessou), “Dark Victory”, “The Private Lives of Elizabeth and Essex”, “All This and Heaven Too”, “The Letter”, “The Little Foxes”; “Now, Voyager”, “Watch on the Rhine”, “Mrs. Skeffington”, “All About Eve”, “The Star”, “A Pocketful of Miracles” ou “What Ever Happened to Baby Jane?” que a juntou à sua rival de estimação, Joan Crawford. Foi a actriz mais rentável da Warner, mas conheceu igualmente um período de apagamento, onde os fracassos se sucederam. O “Los Angeles Examiner” chegou a escrever sobre um filme seu: "um infeliz final de uma carreira brilhante".
Encarnou mais de cem papéis no cinema, na televisão e no teatro. Em 1999, no inquérito promovido pelo American Film Institute destinado a seleccionar as maiores actrizes de todos os tempos, Bette Davis ficou em segundo lugar, logo a seguir a Katharine Hepburn. No Hall of Fame, possui duas estrelas, uma relativa ao cinema, outra à televisão. Podem ser vistas frente aos nºs 6225 e 6233, em Hollywood Boulevard. Após a sua morte, Steven Spielberg comprou em leilões os dois Óscares ganhos por Bette Davis, entregando ambos à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Kim Carnes fê-la regressar à fama mundial, sobretudo entre as gerações mais jovens, com a canção “Bette Davis Eyes”, em 1981.

Filmografia

1931: The Bad Sister, de Hobart Henley; Seed (Os Filhos), de John M. Stahl; Waterloo Bridge, de James Whale; Way Back Home, de William A. Seiter; 1932: The Menace, de Roy William Neill; Hell's House (Casa de Correcção), de Howard Higgin; The Man who Played God (O Regresso duma Alma), de John G. Adolfi; So Big!, de William Wellman; The Rich Are Always With Us, de Alfred E. Green; The Dark Horse, de Alfred E. Green; The Cabin in the Cotton, de Michael Curtiz; Three on a Match, de Mervyn LeRoy; 1933: 20.000 Years in Sing Sing (20.000 Anos em Sing Sing), de Michael Curtiz; Just Around the Corner (curta-metragem); Parachute Jumper (Em Plenas Nuvens), de Alfred E. Green; The Working Man, d'Alfred E. Green; Ex-Lady (A Intrusa), de Robert Florey; Bureau of Missing Persons (Perdidos para o Mundo), de Roy Del Ruth; The Big Shakedown, de John Francis Dillon; 1934: Fashions of 1934 (Música e Mulheres), de William Dieterle; Jimmy the Gent, de Michael Curtiz; Fog Over Frisco (Nevoeiro em São Francisco), de William Dieterle; Of Human Bondage (Escravos do Desejo), de John Cromwell; Housewife, de Alfred E. Green; 1935: Bordertown (Um Vencido da Vida), de Archie Mayo; The Girl form Tenth Avenue, de Alfred E. Green; Front Page Woman, de Michael Curtiz; Special Agent (Agente Especial), de William Keighley; Dangerous (Mulher Perigosa), de Alfred E. Green; 1936: The Petrified Forest (A Floresta Petrificada), de Archie Mayo; The Golden Arrow (A Flecha de Ouro), de Alfred E. Green; Satan Met a Lady (Relíquia Fatal), de William Dieterle; 1937: Kid Galahad (O Mais Forte), de Michael Curtiz; That Certain Woman (Cinzas do Passado), de Edmund Goulding; Marked Woman (A Mulher Marcada), de Lloyd Bacon; It's Love I'm After (A Comédia do Amor), de Archie Mayo; 1938: Jezebel (Jezebel, a Insubmissa), de William Wyler; The Sisters (As Irmãs), d'Anatole Litvak; 1939: The Old Maid (A Velha Ama), de Edmund Goulding; Juarez (A Derrocada de um Império), de William Dieterle; The Private Lives of Elizabeth and Essex (Isabel de Inglaterra), de Michael Curtiz; Dark Victory (Vitória Negra), de Edmund Goulding; 1940: If I Forget You (curta-metragem); All This, and Heaven Too (Tudo Isto e o Céu Também), de Anatole Litvak; The Letter (A Carta), de William Wyler; 1941: The Little Foxes (Raposa Matreira), de William Wyler; Shining Victory (Amargo Triunfo), de Irving Rapper; The Great Lie (A Grande Mentira), de Edmund Goulding; The Bride Came C.O.D. (Uma Noiva Caiu do Céu), de William Keighley; 1942: The Man Who Came to Dinner (Hóspede Indesejável ou O Homem que Veio para Jantar), de William Keighley; Now, Voyager (A Estranha Passageira), de Irving Rapper; In This Our Life (Nascida para o Mal); 1943: Watch on the Rhine (Horas de Tormenta), de Herman Shumlin; Old Acquaintance (Velha Amizade), de Vincent Sherman; Thank You Lucky Stars (Brilham as Estrelas), de David Butler; 1944: Mr. Skeffington (A Vaidosa), de Vincent Sherman; Hollywood Canteen (Um Sonho de Hollywood), de Delmer Daves; The Corn Is Green (O Coração Não Morre), de Irving Rapper; 1946: A Stolen Life (Uma Vida Roubada), de Curtis Bernhardt; Deception (Que o Céu a Condene), de Irving Rapper; 1948: Winter Meeting (Encontro no Inverno), de Bretaigne Windust; June Bride (Noiva da Primavera), de Bretaigne Windust; 1949: Beyond the Forest (A Filha de Satánas), de King Vidor; 1950: All About Eve (Eva), de Joseph L. Mankiewicz; 1951: Payment on Demand (A Ambiciosa), de Curtis Bernhardt; Another Man's Poison, de Irving Rapper; 1952: Phone Call from a Stranger (Chamada de um Desconhecido), de Jean Negulesco; Four Star Revue (série de TV); The Star (A Estrela), de Stuart Heisler; 1955: The Virgin Queen (A Rainha Virgem), de Henry Koster; 1956: The Catered Affair, de Richard Brooks; Storm Center (Tempestade), de Daniel Taradash; The 20th Century-Fox Hour (série de TV) – episódio Crack-Up; 1957: Telephone Time (série de TV) – episódio Stranded; The Ford Television Theatre (série de TV) – episódio Footnote on a Doll; Schlitz Playhouse of Stars (série de TV) – episódio For Better, for Worse; The Ford Television Theatre (série TV); 1957-1958: General Electric Theater (série de TV) – episódios The Cold Touch e With Malice Toward One; 1958: Studio 57 (série de TV) – episódio The Starmaker; Suspicion (série de TV) – episódio Fraction of a Second; 1959: The DuPont Show with June Allyson (série de TV) – episódio Dark Morning; The Alfred Hitchcock Hour (série de TV) – episódio Out There – Darkness; John Paul Jones (O Capitão Paul Jones), de John Farrow; The Scapegoat (O Outro Eu), de Robert Hamer; 1959-1961 Wagon Train (série de TV) – episódios The Bettina May Story, The Elizabeth McQueeny Story e The Ella Lindstrom Story; 1961: Pocketful of Miracles (Milagre Por Um Dia), de Frank Capra; 1962: What Ever Happened to Baby Jane? (Que Teria Acontecido à Baby Jane?), de Robert Aldrich; The Virginian (série de TV) – episódio The Accomplice; 1963: Perry Mason (série de TV) – episódio The Case of Constant Doyle; La Noia, de Damiano Damiani; 1964: Dead Ringer (A Morte Bate Três Vezes), de Paul Henreid; Where Love Has Gone (Para Onde Foi o Amor?), de Edward Dmytryk; Hush...Hush, Sweet Charlotte (Com a Maldade na Alma), de Robert Aldrich; 1965: The Nanny (A Velha Ama), de Seth Holt; 1966: Gunsmoke (série de TV) – episódio The Jailer; 1968: The Anniversary, de Roy Baker; 1970: Connecting Rooms (O Quarto ao Lado), de Franklin Gollings; It Takes a Thief (série de TV) Touch of Magic; 1971: Bunny O'Hare; 1972: Madame Sin (Madame Sin), de David Greene; Lo Scopone scientifico (O Jogo da Fortuna e do Azar), de Luigi Comencini; And Presumed Dead, de Morton da Costa; The Judge and Jake Wyler, David Lowell Rich (telefilme); 1973: Scream, Pretty Peggy, de Gordon Hessler David Lowell Rich; 1974: Hello Mother, Goodbye! (telefilme); 1976: Burnt Offerings (Férias Macabras) de Gerd Oswald; The Disappearance of Aimee, de Anthony Harvey (telefilme); 1977: Laugh-In (série de TV); 1978: Return from Witch Mountain () de John Hough; Death on the Nile (Morte no Nilo), de John Guillermin; The Children of Sanchez (Conflito de Gerações), de Hall Bartlett; The Dark Secret of Harvest Home (mini série de TV); 1979: Strangers: The Story of a Mother and Daughter, de Milton Katselas (telefilme); 1980: White Mama, de Jackie Cooper (telefilme); The Watcher in the Woods, de John Hough; Skyward, de Ron Howard (telefilme); 1981: Family Reunion, de Fielder Cook (telefilme); 1982: A Piano for Mrs. Cimino, de George Schaefer (telefilme); Little Gloria... Happy at Last, de Waris Hussein (telefilme); 1983: Hotel, de Jerry London (série de TV); Right of Way (O Direito de Escolher), de George Schaefer (telefilme); 1985: Murder with Mirrors, de Dick Lowry (telefilme); 1986: As Summers Die, de Jean-Claude Tramont (telefilme) ; 1987: The Whales of August (As Baleias de Agosto), de Lindsay Anderson; 1989: Wicked Stepmother (A Madrasta), de Larry Cohen. 

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