JULES E JIM (1962)
François
Truffaut, depois de anos como crítico de referência nos “Cahiers du Cinema”,
depois de ter passado pela curta-metragem e de se ter estreado na longa, como
realizador com o belíssimo “Os 400 Golpes” (1959), a que se seguiria “Disparem
sobre o Pianista” (1961), lançava-se num projecto que lhe era muito caro há já
algum tempo, precisamente adaptar ao cinema um romance de um quase desconhecido
na época, Henri-Pierre Roché, cujo título era “Jules et Jim”. Sabe-se agora que
o romance era em grande parte autobiográfico e que o autor o escreveu já muito
depois dos sessenta anos de idade. Mas a história reportava ao início do século
XX, quando Henri-Pierre Roché encontra em Paris um poeta e escritor alemão,
Franz Hessel. Estamos em 1906 e ambos se tornam grandes amigos. Entre os dois
surge Helen, uma jovem alemã ligada igualmente à literatura, por quem ambos se
apaixonam. Entretanto, surge a I Guerra Mundial, os dois amigos são separados
pelo conflito, cada um de um dos lados das barricadas, e, findo o conflito,
reencontram-se: Helen tinha casado com Franz, mas acabará por amar Henri-Pierre.
Este recordará toda a história desta invulgar “ménage à trois” no romance e
igualmente em volumes de diários de memórias. No romance, Henri-Pierre Roché
chamar-se-á Jim, Franz Hessel será Jules e Helen passa a ser conhecida por
Catherine.
Quando era
apenas crítico, Truffaut lera o livro levado pelo título, ficara deslumbrado
com a escrita e o tema, pouco habitual na época, e pensou desde logo que
gostaria de dele retirar um filme. Se o romance era autobiográfico, o filme
também dizia muito ao realizador, que não se sentiu com coragem para se
abalançar logo por este projecto. O êxito de “Os 400 Golpes” deixou-o mais
tranquilo. Falou com o escritor que aceitou de bom grado o desafio (Truffaut
convidara-o a escrever os diálogos, o que não aconteceu porque entretanto Roché
morreu) e, um dia, ao cruzar-se com o deslumbrante charme de Jeanne Moreau,
percebeu de imediato que ela seria o terceiro vértice do triângulo. Assim foi.
Escrito o argumento, de colaboração com Jean Gruault, “Jules et Jim” passa a filme
e rapidamente se transforma num dos maiores ícones da “nouvelle vague” e de
todo o cinema francês. Por diversas razões.
Antes
de mais pelo tema que se ainda hoje pode parecer amoral, na época resultou
escandaloso e funcionou seguramente como um dos elementos essenciais para
consolidar em imagens a rebeldia da juventude desse tempo, a sua ânsia de
ultrapassar a hipocrisia dominante, em criar novos formas de convivência, novos
laços sentimentais, em libertar a sexualidade e a mulher desse revelador conservadorismo
predominante.
Para
atingir este desígnio, Truffaut necessitava de um estilo livre, de uma
narrativa que acompanhasse as propostas do próprio texto. “Jules e Jim”, filme,
é tudo isso, pela liberdade com que movimenta a câmara, com que acompanha as
personagens e as envolve, pela ruptura que impõe com a escrita tradicional,
pela própria natureza da adaptação literária por que opta e que se afasta muito
das adaptações normalizadas do cinema de então. Curiosamente, neste aspecto, há
que notar que esta adaptação, sendo muito “cinematográfica”, muito ligada à
imagem e ao som, nunca deixa de ter um pendor literário, com o recurso ao texto
off, com a inclusão de longos diálogos retirados do romance, com a invocação de
obras literárias, com o ambiente poético de que se alimenta. O filme é um grito
de liberdade que tem ecoado pelos tempos.
Creio
que não se pode analisar (ou mesmo acompanhar) “Jules e Jim” de uma forma puramente
racional. As incongruências iriam multiplicar-se. Não é essa a intenção dos
autores. “Jules e Jim” é um manifesto poético onde se entra sem preconceitos e
onde nos deixamos conduzir pelas correrias do trio pelas pontes metálicas,
pelas voltas de bicicleta em paisagens bucólicas, pelas ternuras dos olhares ou
pelas belas palavras de uma canção emblemática cantada por Jeanne Moreau e que
para sempre ficou como símbolo desta belíssima obra de amor, dedicada ao amor e
à amizade (1).
Um
outro aspecto a referir é o facto de nunca em “Jules et Jim” existir um olhar
moralista sobre as personagens. Claro que o final trágico pode levar a supor-se
uma posição contrária ao estilo de vida das três figuras centrais, mas creio
que essa não é a intenção de Truffaut. Jules, Jim e Catherine vivem uma
existência que se diria marginal ao pecado. Eles são a inocência e uma certa
pureza que se identifica com a natureza onde a acção decorre. Não são eles que
correm para a tragédia, mas esta que se
impõe com as suas regras.
Excelentes
as interpretações, com óbvio particular destaque para Jeanne Moreau, que aqui
ascendia ao pedestal das divas. O filme é, todavia, um espelho de Truffaut, dos
seus temas favoritos e dos seus fantasmas, que mais tarde o irá prolongar em
muitas outras obras suas, como “Duas Inglesas e o Continente”, adaptado do
mesmo Henri-Pierre Roché, em “Grau de Destruição”, onde irá desenvolver uma das
suas obsessões, os livros queimados pelas ditaduras, já aqui anunciados com
imagens de actualidades, “O Último Metro”, que relança o tema do trio amoroso,
e em tantos outros.
(1) A
canção chama-se “Le Tourbillon de La Vie” e terá ajudado a criar a imortalidade
do compositor Georges Delerue, um dos colaboradores regulares de Truffaut. Aqui
fica o poema que ilustra bem o espírito do filme:
“Elle avait des bagues à chaque
doigt, / Des tas de bracelets autour des poignets, / Et puis elle chantait avec
une voix /Qui, sitôt, m'enjôla.
“Elle avait des yeux, des yeux
d'opale, / Qui me fascinaient, qui me fascinaient. / Y avait l'ovale de son
visage pâle / De femme fatale qui m'fut fatale {2x}.
“On s'est connus, on s'est reconnus, / On s'est perdus
de vue, on s'est r'perdus d'vue / On s'est retrouvés, on s'est réchauffés, /
Puis on s'est séparés.
“Chacun pour soi est reparti. / Dans l'tourbillon de
la vie / Je l'ai revue un soir, hàie, hàie, hàie /Ça fait déjà un fameux bail
{2x}.
“Au son des banjos je l'ai reconnue. / Ce curieux
sourire qui m'avait tant plu. / Sa voix si fatale, son beau visage pâle /
M'émurent plus que jamais.
“Je me suis soûlé en l'écoutant. / L'alcool fait
oublier le temps. / Je me suis réveillé en sentant / Des baisers sur mon front
brûlant {2x}.
“On s'est connus, on s'est reconnus. / On s'est perdus
de vue, on s'est r'perdus de vue / On s'est retrouvés, on s'est séparés. / Dans
le tourbillon de la vie.
“On a continué à toumer / Tous les deux enlacés / Tous
les deux enlacés. / Puis on s'est réchauffés.
“Chacun pour soi est reparti. / Dans l'tourbillon de
la vie. / Je l'ai revue un soir ah là là / Elle est retombée dans mes bras.
“Quand on s'est connus, / Quand
on s'est reconnus, / Pourquoi se perdre de vue, / Se reperdre de vue ?
“Quand on s'est retrouvés, / Quand on s'est
réchauffés, / Pourquoi se séparer ? /
Alors tous deux on est repartis
“Dans le tourbillon de la vie / On à continué à
tourner / Tous les deux enlaces / Tous les deux enlaces.”
JULES E JIM
Título original: Jules et Jim
Realização: François Truffaut (França,
1962); Argumento: François Truffaut, Jean Gruault, segundo romance de
Henri-Pierre Roché; Produção: Marcel Berbert, François Truffaut; Música:
Georges Delerue; Fotografia (p/b): Raoul Coutard; Montagem: Claudine Bouché;
Design de produção: Fred Capel; Guarda-roupa: Fred Capel; Maquilhagem: Simone
Knapp, Simone Knapp; Direcção de Produção: Maurice Urbain; Assistentes de
realização: Robert Bober, Florence Malraux, Georges Pellegrin; Companhias de
produção: Les Films du Carrosse, Sédif Productions (as S.E.D.I.F.); Intérpretes: Jeanne Moreau (Catherine),
Oskar Werner (Jules), Henri Serre (Jim), Vanna Urbino (Gilberte), Serge Rezvani
(Albert), Anny Nelsen (Lucie), Sabine Haudepin (Sabine), Marie Dubois
(Thérèse), Michel Subor (narrador), Danielle Bassiak, Elen Bober, Pierre Fabre,
Dominique Lacarrière, Bernard Largemain, Kate Noelle, Jean-Louis Richard,
Michel Varesano, Christiane Wagner, etc. Duração: 105 minutos; Distribuição em
Portugal: Costa do Castelo; Classificação etária (na estreia): M/ 17 anos; (no
DVD): M/ 16 anos.
JEANNE MOREAU (1928 - )
Com
“Ascenseur pour l'Échafaud” (1957) e “Les Amants”, ambos de Louis Malle; com
“Moderato Cantabile”, de Peter Brook; com “La Notte”, de Michelangelo
Antonioni, ambos de 1960; com “Jules et Jim”, de François Truffaut; com “Eva”,
de Joseph Losey; com “Le Procès”, de Orson Welles, todos de 1961, Jeanne Moreau
construiu rapidamente uma carreira fulgurante no cinema, uma daquelas de que
poucas actrizes europeias se podem orgulhar. Passou rapidamente para a situação
de ícone de uma geração, de diva ou star, mas de uma constelação muito própria.
Nunca a da inacessível “estrela”, não a de sex symbol, mas a de uma actriz de
um profissionalismo e de uma cultura fora de vulgar, uma mulher de causas e de
paixões.
Jeanne
Moreau nasceu a 23 de Janeiro de 1928, em
Paris, França, contando presentemente 87 anos. Filha de um barman
francês e de uma bailarina britânica, teve formação no conservatório, com
passagem pela Comédie-Française e pelo Teatro Nacional Popular (TNP), de Jean
Vilar. O seu trabalho e sensibilidade foram desde logo notados e ressalvados. O
cinema chamou-a de início para pequenos épapeis, mas sem surpresa atingiu o
protagonismo. Foi dirigida por grandes diretores como Michelangelo Antonioni,
François Truffaut, François Ozon, Joseph Losey, Louis Malle, Luis Buñuel, Theo
Angelopoulos, Wim Wenders, Rainer Werner Fassbinder, Elia Kazan, André Téchiné,
Bertrand Blier e Orson Welles, entre outros. Em 1960, recebeu o prémio de
Melhor Actriz no Festival de Cannes pelo seu magnífico trabalho em “Moderato
Cantabile”. 1962 é um ano marcante na sua carreira com o papel de Catherine no
filme de François Truffaut “Jules et Jim”.
A canção que interpreta nesta obra abre-lhe ainda o campo para uma
carreira como cantora, que se inicia com o álbum do filme, ao lado do
guitarrista Serge Rezvani, a que se seguem outros com o mesmo Serge Rezvani em
1963 e 1967, “J'ai la mémoire qui flanche” e “Tout morose”. Em 1965, trabalha
com Orson Welles em “Falstaff”. Welles considera-a uma das maiores actrizes de
sempre. Foi este realizador que a encorajou a passar à realização, o que Moreau
faz com “Lumière”, em 1976, e “L'Adolescente”, em 1979. Na televisão colabora
com realizadores como Jean Renoir (“Le Petit Théâtre de Jean Renoir”), Jacques
Doillon (“L'Arbre”) e Josée Dayan (“Balzac”, “Les Misérables”, “Les Parents
terribles”, “Les Rois maudits”…). Em
1998, recebe um Oscar honorário, pelo conjunto da sua obra, que lhe é entregue
por Sharon Stone. Em 2005, conjuntamente com o
festival “Premiers plans”, Jeanne Moreau cria uma escola de cinema, “Les
Ateliers d'Angers”.
Foi
casada com Jean-Louis Richard (de 1949 a 1964), Teodoro Rubanis (1966 a 1977) e
William Friedkin (de 1977 a 1979). Conhecem-se ainda relações com Tony
Richardson (que trocou Vanessa Redgrave por ela), Pierre Cardin, François Truffaut, Louis Malle, ou Raoul
Lévy. Brigitte Bardot fala ainda de um affair com George Hamilton, durante a
rodagem no México de “Viva Maria!”. Georges Moustaki também confessou ter
recebido “os seus favores”.
Filmografia
Como actriz: 1949: Dernier Amour, de Jean
Stelli; 1950: Meurtres ? (Crueldade), de Richard Pottier;
Pigalle-Saint-Germain-des-Prés, de André Berthomieu; 1951: Avignon, bastion de
Provence, de Jean Cuenet (Curta-metragem); L'Homme de ma vie, de Guy Lefranc;
1952: Il est minuit, Docteur Schweitzer, de André Hague; Dortoir des grandes
(Dormitório de Raparigas), de Henri Decoin; 1953: Julietta (Julieta), de Marc
Allégret; 1953: Touchez pas au grisbi (O Último Golpe), de Jacques Becker;
1954: La Reine Margot (Rainha Enamorada), de Jean Dréville; Secrets de alcôve
(Segredos de Alcova) (episódio “Le billet de logement”), de Henri Decoin; Les Intrigantes (Os Intrigantes), de Henri
Decoin; 1955: Gas-oil de Gilles Grangier; Les Hommes en blanc (Nós os Médicos),
de Ralph Habib; M'sieur La Caille, de André Pergament; 1956: Le Salaire du
péché (O Preço do Pecado), de Denys de La Patellière; 1956: Jusqu'au dernier de
Pierre Billon; 1957: Ascenseur pour l'échafaud (Fim-de-Semana no Ascensor), de
Louis Malle; 1957: Les Louves ou Démoniaque, de Luis Saslavsky; Trois jours à
vivre, de Gilles Grangier; L'Étrange Monsieur Steve, de Raymond; 1957: Échec au
porteur, de Gilles Grangier; Le Dos au mur (Crime passional), de Édouard
Molinaro; 1958: Les Amants (Os Amantes), de Louis Malle; 1959: Les Liaisons
dangereuses (As Ligações Perigosas), de Roger Vadim; 1959: Les Quatre Cents
Coups (Os Quatrocentos Golpes), de François Truffaut; 1959: Matisse où le
talent du bonheur, de Marcel Ophuls (voz); 1960: Le Dialogue des Carmélites
(Diálogo das Carmelitas), de Philippe Agostini e Raymond Leopold Bruckberger;
Moderato cantabile (Recusa), de Peter Brook; Five Branded Women ou Jovenka e le
altre (Jovanka e as Outras) de Martin Ritt; La Notte (A Noite), de Michelangelo
Antonioni; 1961: Une femme est une femme (Uma Mulher é uma Mulher), de Jean-Luc
Godar; Jules et Jim (Jules e Jim), de François Truffaut; Eva (Eva), de Joseph
Losey; Le Procès ou The Trial (O Processo), de Orson Welles; 1963: La Baie des
Anges (A Grande Pecadora), de Jacques Demy; The Victors (Os Vitoriosos) de Carl
Foreman; Le Feu follet (Fogo Fátuo), de Louis Malle; 1964: Peau de banane
(Casca de banana), de Marcel Ophüls; Mata Hari (Mata-Hari, Agente H-21), de
Jean-Louis Richard; The Train (O Comboio) de John Frankenheimer; Le Journal de
une femme de chambre (Diário de Uma Criada de Quarto), de Luis Buñuel; 1965:
The Yellow Rolls-Royce (O Rolls-Royce Amarelo), de Anthony Asquith; Viva María!
(Viva Maria!), de Louis Malle; 1966: Le Plus Vieux Métier du monde (A Mais
Antiga Profissão do Mundo, de Philippe de Broca (episódio "Mademoiselle
Mimi"); Mademoiselle (Mademoiselle), de Tony Richardson; Falstaff ou Campanadas a media noche (As Badaladas da
Meia-Noite), de Orson Welles; 1967: La mariée était en noir (A Noiva Estava de
Luto),de François Truffaut; Great Catherine (Catarina, Imperatriz da Rússia),
de Gordon Flemyng; Dead Reckoning - The Deep, Direction Toward death, de Orson
Welles (inacabado); The Sailor from Gibraltar (O Marinheiro de Gibraltar), de
Tony Ridardson; 1968: The Immortal Story (História Imortal), de Orson Welle;
1969: Monte Walsh (Monte Walsh, Um Homem Difícil de Morrer), de William A.
Fraker; 1969: Le Corps de Diane, de Jean-Louis ; 1969: Le Petit Théâtre de Jean
Renoir, de Jean Renoir (episódio "Quand l'amour meurt"); 1970: Alex
in Wonderland (Alex no País das Maravilhas), de Paul Mazursky; Os Herdeiros (Os
Herdeiros), de Carlos Diegues; Henri Langlois, de Roberto Guerra e Elia Hershon
(curta-metragem); 1971: Comptes à rebours (O Doce Sabor da Vingança), de Roger
Pigaut; The Other Side of the Wind , de Orson Welles (Inacabado); Côté cours,
côté champs, de Guy Gilles (curta-metragem); 1972: Chère Louise (Amor Ilícito),
de Philippe de Broca; L'Humeur vagabonde (Humor vagabundo), de Édouard Luntz;
Absences répétées, de Guy Gilles; 1973: Joanna Francesa, de Carlos Diegues; Je
t'aime, de Pierre Duceppe; Nathalie Granger, de Marguerite Duras; 1974: Les
Valseuses (As Bailarinas), de Bertrand Blier; La chevauchée sur le lac de
Constance (TV); La Race des seigneurs, de Pierre Granier-Deferre; Une légende,
une vie: Citizen Welles, de Maurice Frydland (documentário); 1975: Le Jardin
qui basculhe, de Guy Gilles; Hu-Man, de Jérôme Laperrousaz; Souvenirs de en
France, de André Téchiné; Jean Genet, saint, martyr et poète, de Guy Gilles
(TV); 1976: Lumière, de Jeanne Moreau; The Last Tycoon (O Grande Magnate), de
Elia Kazan; Chroniques de France: Jeanne Moreau, de Renaud de Dancourt
(documentário); Mr. Klein (Mr. Klein - Um Homem na Sombra), de Joseph Losey;
1980: Chansons souvenir, de Robert Salis (curta-metragem); 1981: AuYour ticket
is not longer valid (O Fim da Viagem), de George Kaczender; Plein sud, de Luc
Béraud; 1982: Mille milliards de dollars (O Poder do Dinheiro), de Henri
Verneuil; La Truite (Uma Estranha Mulher), de Joseph Losey; Querelle - Ein Pakt
mit dem Teufel (Querelle - Um Pacto com o diabo), de Rainer Werner Fassbinder;
L'Arbre (TV); Der Bauer von Babylon, de Dieter Schidor (curta-metragem); 1983:
A Salute to Lillian Gish, de Jeanne Moreau Jean-Louis Barrault, un homme de
théâtre, de Muriel Balasch (documentário); Parade of Stars (TV); L'intoxe, de
Guy Seligman (TV); L'Arbre, de Jacques Doillon: Camille (TV); Huis clos (BBC1);
1985: François Simon, la présence, de Ana Simon e Louis Mouchet (documentário);
Vicious Circle, de de Kenneth Ives (TV); Vivement Truffaut, de Claude de Givray
(documentário); 1986: Sauve-toi, Lola, de Michel Drach; Le Paltoquet, de Michel
Deville; Shades of Darkness (TV) - Agatha Christie's The Last Seance, de June
Wyndhazm-Davies (TV); Le tiroir secret, de Nadine Trintignant (TV) - La saisie;
1987: Le Miraculé (Seguro de Milagre), de Jean-Pierre Mocky; Remake, de Ansano
Giannarelli; 1988: La Nuit de l'océan de Antoine Perset; 1989: Jour après jour
de Alain Attal; Orson Welles, stories from a life in film, de Leslie Megahey
(documentário); 1988: Hôtel Terminus (Klaus Barbie, His Life and Time), de
Marcel Ophuls (voz); 1990: Nikita (Nikita - Dura de Matar ), de Luc Besson; Alberto Express, de Arthur
Joffé; L'ami Giono: Ennemonde - Ami Giono, de Claude Santelli (TV); La Femme
fardée, de José Pinheiro; 1991: L'Amant (O Amante), de Jean-Jacques Annaud; La Vieille qui
marchait dans la mer, de Laurent Heynemann; Bis an Ende der Welt (Até ao Fim do
Mundo), de Wim Wenders; To meteoro vima tou pelargou (O Passo Suspenso da Cegonha),
de Theo Angelopoulos; Anna Karamazoff, de Roustam Khamdamov; The Full Wax (TV);
1992: Map of the Human Heart (Sem Fronteiras), de Vincent Ward; À demain, de
Didier Martiny; Die Abwesenheit (A Ausência), de Peter Handke; Les Arpenteurs
de Montmartre, de Boris Eustache; La nuit de l'océan, de Antoine Perset; Le
Temps et la chambre, de Patrice Chéreau (TV); L'Architecture du chaos, de Peter
Cohen (voz); 1993: Je m'appelle Victor, de Guy Jacques; A Foreign Field, de
Charles Sturridge; The Summer House, de Waris Hussein; François Truffaut, portraits
volés, de Serge Toubiana e Michel Pascal (documentário); Screen Two (TV) - The
Clothes in the Wardrobe; Screen One (TV Series) - A Foreign Field; It's All
True, de Richard Wilson, Myron Meisel, Bill Krohn (voz); 1995: Les Cent et Une
Nuits de Simon Cinéma, de Agnès Varda; Al di la delle nuvole (Para Além das
Nuvens), de Michelangelo Antonioni e Wim Wenders; Belle Époque, de Gavin Millar
(TV); Faire un film, pour moi c'est vivre, de Erica Antonioni; I Love You, I
Love You Not (Viver Sem Medo), de Billy Hopkins; L'Univers de Jacques Demy, de
Agnès Varda (documentário); Katharina die Große, de Marvin J. Chomsky e John
Goldsmith (TV); 1997: The proprietor (A Proprietária), de Ismail Merchant; Un
amour de sorcière, de René Manzor; Ever after (Para Sempre Cinderela), de Andy
Tennant; Ruby de Peter Orton (TV);1999: Balzac, de Josée Dayan (TV); 2000:
Lisa, de Pierre Grimblat; Il manoscrito del principe, de Roberto Andò;
Fassbinder woman - Fur mich gab's nur noch Fassbinder, de Rosa von Praunheim
(documentário); 2001: Zaïde, un petit air de vengeance, de Josée Dayan (TV);
2002: Cet amour-là (Aquele Amor), de Josée Dayan; Les Miserables (Os
Miseráveis), de Josée Dayan (TV); The Will to Resist de James Newton; 2002: La
Petite Prairie aux bouleaux, de Marceline Loridan; 2002: Les 13 vies du chat
Lelouch, de Isabelle Clarke (documentário); 2003: Les parents terribles, de
Josée Dayan (TV); 2004: Akoibon, de Édouard Baer; 2005: Le Temps qui reste (O
Tempo que Resta), de François Ozon; 2005: Go West, de Ahmed Imamovic; Otograph
(curta-metragem); 2005 Les rois maudits, de Josée Dayan (TV); 2006: Sortie de clown, de Nabil Ben Yadir
(curta-metragem); Roméo et Juliette de Yves Desgagnés; La contessa di
Castiglione, de Josée Dayan (TV); 2007: Chacun son cinema (Cada Um o Seu Cinema):
episódio Trois minutes, de Théo Angelopoulos; Désengagement (A Retirada), de
Amos Gitai; 2008: Collection Fred Vargas (TV) - Sous les vents de Neptune, de
Josée Dayan (TV); Everywhere at Once, de Holly Fisher, Peter Lindbergh; Château
en Suède, de Josée Dayan (TV); 2009: Plus tard tu comprendras, de Amos Gitai;
Visages, de Tsai Ming-liang; Kérity, la maison des contes, de Dominique Monfery
(voz); La guerre des fils de la lumière contre les fils des ténèbres, de Amos Gitai; Carmel, de Amos Gitai (voz);
2011: La mauvaise reencontre, de Josée Dayan (TV); Bouquet final, de Josée
Dayan (TV); 2012: Gebo et l'ombre (O Gebo e a sombra), de Manoel de Oliveira;
Une Estonienne à Parism de Ilmar Raag; Al Alamayn (curta-metragem); 2013: Le
tourbillon de Jeanne (TV); La Collection Jeanne Moreau (5 curtas metragens para
o Canal+) de Sandrine Veysset; 2015: Le Talent de mes amis, de Alex Lutz; 10%
(TV).
Como realizadora: 1976: Lumière; 1979:
L'Adolescente.
Prémios: Oscar, 1998: Oscar de honra;
Festival de Cannes, 1960: Melhor Actriz, em Moderato cantabile; César, 1987:
nomeação por Le Paltoquet, e 1988, nomeação por Le Miraculé; 1992, César de
Melhor Actriz por La vieille qui marchait dans la mer; 1995, César de honra;
Prémio Molière (teatro); 1987, nomeação por Zerline; 1988: Melhor Actriz por
Zerline.
Sem comentários:
Enviar um comentário