ATLANTIC
CITY (1979)
Louis Malle, cineasta francês que
aparece inscrito no movimento da “nouvelle vague”, em fins da década de 50,
inícios da seguinte, com filmes como “Ascenseur pour l'Echafaud” (57), “Os
Amantes” (58), “Zazie dans le Metro” (60) “Vida Privada” (61), “Le Feu Follet”
(63), confirmando-se depois com uma produção um pouco mais “internacionalizada”
com “Viva Maria” (65), “O Ladrão” (66), um episódio de “Histórias
Extraordinárias” (67) e outras mais pessoais, como “Calcutta” (68), “Le Soufle
au Coeur” (70) ou “Lacombe Lucien” (75), emigra para os Estados Unidos onde
dirige “Black Moon” 'e “Pretty Baby”, este em 1977, prometendo adoptar
Hollywood como segunda pátria. Isso mesmo parece ser confirmado com “Atlantic
City”, rodado em 1979, e que alcançaria o “Leão de Ouro”, do Festival de Veneza
de 1980. Digamos que enquanto “Pretty Baby” era um filme europeu rodado na
América, este “Atlantic City” já se aproxima muito do que se pode considerar
“um filme americano realizado por um europeu”, o que não é bem a mesma coisa.
Na verdade, Atlantic City é um filme
sobre uma realidade americana, mais precisamente uma cidade em transformação,
com pessoas e situações americanas, filmadas de uma forma americana. O
argumento é de John Guare, e este facto terá tido a sua importância, mas no
essencial foi o cinema de Louís Malle, que se adaptou a um estilo directo e
linear, ao ambiente de “filme negro” e a um certo tipo de personagens que
trazem uma carga simbólica que só pode entender-se inteiramente quando
referenciadas à América.
O filme chama-se “Atlantic City” e cremos
que a cidade é a protagonista desta história de amor e morte. Atlantic City tem
uma história curiosa, que é conveniente conhecer um pouco para se compreender
melhor a película de Malle. Durante os anos 20-30, foi uma estância balnear
florescente, réplica americana da Côte D'Azur francesa. Mas começou igualmente
por ser uma cidade conhecida, em inícios do século XX, como uma das bases do
“gangsterismo” e da Mafia na Costa-Este, progredindo em associação com a venda
ilegal de bebidas alcoólicas, durante o período da sua proibição. A depressão
de 1929 causou um profundo abalo na sua estrutura social e grande parte da sua
celebridade apagou-se com o rolar dos tempos, até fazer dela uma
cidade-fantasma. Nos anos 60, a desolação era total e tudo caminhava para a
ruína irremediável. A cidade deixou a humidade do Atlântico corroer-lhe as
fachadas dos prédios, minar-lhe os alicerces e as suas avenidas de madeira
começaram a escorregar para o esquecimento, por troca com outras cidades, então
mais na moda.
Em 1978, porém, o estado de New Jersey
legalizou o jogo e estabeleceu-o em Atlantic City, que ficava assim a ocupar na
Costa-Este o lugar de Las Vegas na Costa-Oeste. O progresso económico, ou “uma certa forma” de progresso
económico, voltaria à cidade, que renascia das cinzas, abatendo impiedosamente
os velhos edifícios, símbolos de um passado que se queria enterrado e
esquecido, enquanto sobre os escombros, se erguiam novas construções, modernas
e arrojadas, que iriam voltar-se essencialmente para “o pequeno e o grande”, o
“vermelho e o preto”, “as dúzias” e “os plenos”. Da Europa chegam os mestres
croupiers, que ensinam a “arte” aos neófitos (veja-se a figura interpretada por
Michel Picolli), enquanto pelos decadentes apartamentos do passado, aguardando
ordem de despejo, sobrevivem velhas personagens de uma época de ouro
irreversivelmente ultrapassada. É o caso de Lou (Burt Lancaster), pobre diabo
envelhecido e deixado à deriva numa cidade que lhe é cada vez mais estranha,
onde vive de biscates, de jogo clandestino e dos pequenos favores de uma viúva
entrevada, que lhe vai pagando como pode os passeios higiénicos do seu carrocha
de estimação.
O jogo foi legalizado neste ponto de New
Jersey, a duas centenas de quilómetros de Nova Iorque e, com a abertura de
novos e sofisticados casinos, a cidade readquiriu o movimento perdido. As
velhas estruturas de um passado requintado são ainda visíveis hoje em dia por
quem percorrer as suas ruas e atentar na bela arquitectura “art nouveau” que,
pouco a pouco, vai sendo demolida, dando lugar a enormes blocos com as
insígnias do “Play Boy”, do “Caesar Palace” ou do “Resorts”. O filme de Louis
Mallle capta de tal forma essa mutação nostálgica e dramática, que nos obrigou
a um desvio de duas horas e meia, de Nova Iorque a Atlantic City, numa viagem
num mítico “Greyhound” que nos deixou à porta do Resorts International, só para
percorrer o caminho que diariamente Burt Lancaster fizera, levando pela trela o
cão de Grace. A viagem justificava-se, em grande parte, pela empatia que as
imagens do filme provocavam e que demonstram como se pode instigar o desejo de
pertencer a algo, dele falando. Porque “Atlantic City”, para lá de ser um filme
sobre a velhice e a morte de uma cidade e de um homem, é também um filme sobre
a juventude que procura um rumo e o encontra entre esses dois universos. A uma
mesa de jogo. Cenário de um desejo que se transforma já em obsessão, em risco,
em aposta total.
Como não podia deixar de ser, atrás dos
casinos regressou a Mafia e os seus interesses, segundo regras de um jogo mais
sofisticado. O lucro agora chama-se droga e nas velhas veias rejuvenescidas
desta cidade ela irá desempenhar um papel relevante. Um velho “gangster”
falhado será apanhado pela teia cerzida pelo dinheiro fácil da droga e, no
turbilhão de uma história de amor impossível, que o faz acreditar de novo em si,
acabará por cumprir na realidade o sonho que de si fizera: como herói de saga
antiga tombará para sempre, nostálgico de tempos que não soube viver e
desadaptado de outros, onde se não soube integrar. Um painel turístico anuncia
a realidade, que tem de passar pela morte dos velhos tempos: “Atlantic City is
coming back to life again. Now” (Atlantic City volta de novo à vida. Agora). É
evidente que um tal tema nas mãos de Altman ou Pollack, para só nomear dois
americanos que por vezes se recordam enquanto se assiste à projecção desta
obra, fariam deste argumento um filme um pouco mais sugestivo. Cremos que sim.
Alguns aspectos são algo esquemáticos, como por exemplo o casal de traficantes
de droga que surge na cidade. Mas Louis Malle aproxima-se bastante do tom
exacto e da emoção precisa em muitas sequências, e conta mesmo com uma cena de
antologia: a confissão do velho Lou (já lhe ouvimos chamar “O Leopardo” de
Atlantic City, e há alguma verdade na comparação) que recorda a Sally (Susan
Sarandon) a forma como a espreitava pela janela e a via lavando os braços, os
ombros e os seios, com sumo de um limão cortado, espremido, ao som de uma área
de ópera. Voyeurismo senil, podem acusar. Melhor será pensar num desejo
adormecido que a presença de Sally desperta. Estas são as amargas lágrimas de
uma paixão impossível, de um desejo apenas realizável à distancia. Burt
Lancaster e Susan Sarandon são aqui admiráveis e Louis Malle acrescenta um
ponto precioso à sua filmografia.
Cremos que esta dolorosa confissão de
amor e impotência valeria a deslocação, se algo mais não existisse. Mas existe,
apesar de tudo. “Atlantic City” é um belíssimo filme, uma bela meditação sobre
o crepúsculo de uma vida (de várias vidas), sobre a transformação de uma
sociedade, sobre o renascer de uma cidade que “volta a estar no mapa”, depois
de um longo período de lenta decadência. O que nos parece mesmo mais logrado
nesta obra é precisamente esse interligar das histórias individuais com o
destino de uma cidade.
ATLANTIC CITY, U.S.A.
Título original: Atlantic City
Realização: Louis Malle (EUA, 1980); Argumento: John Guare; Produção: Joseph
Beaubien, Gabriel Boustiani, Denis Héroux, Justine Héroux, John Kemeny, Larry
Nesis, Jean-Serge Breton; Música: Michel Legrand; Fotografia (cor): Richard
Ciupka; Montagem: Suzanne Baron; Design de produção: Anne Pritchard; Decoração:
Gretchen Rau; Guarda-roupa: François Barbeau; Maquilhagem: Donna Gliddon, Rita
Ogden; Casting: Venetia Rickerby; Direcção de Produção: Micheline Garant, Ken
Golden, Justine Héroux, Carl Zucker; Assistentes de realização: John Board, Jim
Chory, John Desormeaux, Robert McCart, Patrick Burns; Departamento de arte:
Jacques Chamberland, Charles Cirigliano, Wendell Dennis, Marcel Desrochers,
Csaba András Kertész, Edward L. McMillan, Joe Petruccio Jr., Gretchen Rau,
Raymond M. Samitz, Marie-Claude Tetrault; SoM: Jean-Claude Laureux, Jacques Maumont,
Gilles Ortion; Companhias de produção: International Cinema Corporation (ICC),
Selta Films, Canadian Film Development Corporation (CFDC), Cine-Neighbor, Selta
Films, Famous Players Limited; Intérpretes:
Burt Lancaster (Lou), Susan Sarandon (Sally), Kate Reid (Grace), Michel Piccoli
(Joseph), Hollis McLaren (Chrissie), Robert Joy (Dave), Al Waxman (Alfie),
Robert Goulet (Cantor); Moses Znaimer (Felix), Angus (Vinnie), Sean Sullivan
(Buddy), Wallace Shawn, Harvey Atkin, Norma Dell'Agnese, Louis Del Grande, John
McCurry, Eleanor Beecroft, Cec Linder, Sean McCann, Vincent Glorioso, Adèle
Chatfield- Taylor, Tony Angelo, Sis Clark, Gennaro Consalvo, Lawrence McGuire,
Ann Burns, Marie Burns, Jean Burns, Connie Collins, John Allmond, John J.
Burns, Elias Koteas, etc. Duração: 104 minutos;
Distribuição em Portugal inexistente; Cópia DVD: Spectra Nova (Brasil);
Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 5
de Novembro de 1981.
SUSAN
SARANDON (1946 - )
Susan Sarandon é uma das actrizes norte
americanas mais premiadas em todo o mundo. Na verdade, numa filmografia com
mais de uma centena e meia de títulos, dispersos entre cinema e televisão,
Susan consegue manter um nível de qualidade assinalável, escolhendo com
critério os projectos em que embarca, muitos dos quais assinados seguramente
por amigos e pertencentes, todos eles, a um pequeno círculo de personalidades
ligadas ao cinema mais independente. Não quer dizer que Susan Sarandon não
tenha entrado em obras abertamente comerciais e mais industrializadas, mas o
seu pendor é objectivamente trabalhar com cineastas menos ligados às estruturas
dos grandes estúdios, ou se o estão, senhores de um perfil que lhes permita uma
certa autonomia. Susan Abigail Tomalin é o seu nome de baptismo. Nasceu em Nova
Iorque a 4 de Outubro de 1946, completando presentemente 68 anos. Casada com
Chris Sarandon (1968–1979) e depois com Tim Robbins (1988-2010). Foi Oscar da
Academia em 1996, com “Dead Man Walking”, e obteve mais quatro nomeações, por
“Atlantic City” (1980), “Thelma & Louise” (1991), “Lorenzo's Oil” (1992) e
“The Client“ (1994). Oito vezes nomeada para o Globo de Ouro de Melhor Actriz e
só o IMDB cobre 55 prémios e mais 49 nomeações. Susan é filha de Phillip Leslie
Tomalin, de ascendência irlandesa, inglesa e galesa, e de Lenora Marie
Criscione, italiana da Sicília. Cresceu no interior de família católica com
nove filhos. Formou-se em 1964, na Edison High School e estudou na Universidade
Católica da América, em Washington DC (Artes). Foi na faculdade que conheceu
Chris Sarandon, com quem se casou em setembro de 1967. Divorciaram-se em 1979,
mas Susan continuou a usar o apelido. Em meados dos anos 80, manteve uma
relação com o realizador italiano Franco Amurri, com quem teve uma filha, a
actriz Eva Amurri, e conhecem-se ainda histórias amorosas com o actor Sean Penn
e o realizador Louis Malle (com quem trabalhou em “Pretty Baby” e “Atlantic
City”), além do cantor David Bowie, com quem contracenou em “The Hunger”. Desde
1988, Sarandon vive com o actor Tim Robbins, que conheceu nas filmagens de
“Bull Durham”. O casal teve dois filhos: Jack Henry e Miles Guthrie. Já
separados, tanto ela quanto Robbins eram personalidades ligadas a movimentos
sociais e políticos. No dia 23 de Dezembro de 2009, o casal anunciou sua
separação, publicada pela revista “People”.
Filmografia
Como actriz /
Cinema: 1970:
Joe (Joe), de John G. Avildsen; 1971: La Mortadella (Mortadela), de Mario
Monicelli; Fleur bleue ou The Apprentice de Larry Kent; 1974: Lovin' Molly (Os
Amores de Molly), de Sidney Lumet; The Front Page (Primeira Página), de Billy
Wilder; 1975: The Great Waldo Pepper (O Grande Circo), de George Roy Hill; The
Rocky Horror Picture Show (Festival Rocky de Terror) de Jim Sharman; 1976:
Dragonfly (Dragonfly), de Gilbert Cates; 1977: Chechered Flag or Crash (Loucos
Sobre Rodas), de Alan Gibson; 1977: The Other Side of Midnight (O Outro Lado da
Meia-Noite), de Charles Jarrott; The Last of the Cowboys, de John Leone; 1978:
Pretty Baby (Menina Bonita), de Louis Malle; King of the Gypsies (O Herdeiro),
de Frank Pierson; 1979: Something Short of Paradise (Uma Página de Amor), de
David Helpern; 1980: Atlantic City (Atlantic City), de Louis Malle; Loving
Couples (Amigos e Amantes), de Jack Smight; 1982: Tempest (Tempestade), de Paul
Mazursky; 1983: The Hunger (Fome de Viver), de Tony Scott; 1984: The Buddy
System, de Glenn Jordan; 1985: Compromising Positions, de Frank Perry; 1987:
The Witches of Eastwick (As Bruxas de Eastwick), de George Miller; 1988: Bull
Durham (Jogo a Três Mãos), de Ron Shelton; Sweet Hearts Dance (Corações em
Jogo), de Robert Greenwald; 1989: A Dry White Season (Assassinato Sob
Custódia), de Euzhan Palcy; January Man (Agarrem Este Detective), de Pat
O'Connor; 1990: White Palace (Loucos de Paixão), de Luis Mandoki; 1991: Thelma
& Louise (Thelma e Louise), de Ridley Scott; 1992: Bob Roberts (Bob Roberts
- Candidato ao Poder), de Tim Robbins; The Player (O Jogador), de Robert
Altman; Lorenzo's Oil (Acto de Amor) de George Miller; Light Sleeper (Perigo
Incerto), de Paul Schrader; 1994: The Client (O Cliente) de Joel Schumacher;
Little Women (As Mulherzinhas), de Gillian Armstrong; Safe Passage (Diário de
uma Morte Anunciada), de Robert Allan Ackerman; 1995: Dead Man Walking (A
Última Caminhada), de Tim Robbins; 1996: The Celluloid Closet de Robert
Epstein; James and the Giant Peach (James e o Pêssego Gigante Spider), de Henry
Selick (voz); 1998: Twilight (A Hora Mágica) de Robert Benton; Stepmom (Lado a
Lado) de Chris Columbus; Illuminata (Illuminata), de John Turturro; 1999:
Cradle Will Rock (América - Anos 30), de Tim Robbins; Anywhere But Here (A
Minha Mãe, Eu e a Minha Mãe), de Wayne Wang; Our Friend, Martin (Video); 2000:
Joe Gould's Secret, de Stanley Tucci; Rugrats in Paris: The Movie - Rugrats II,
de Stig Bergqvist (voz); 2001: Cats & Dogs (Como Cães E Gatos), de Lawrence
Guterman (voz); Last Party 2000, de Rebecca Chaiklin, Donovan Leitch Jr.
(documentário); 2002: Moonlight Mile (Sonhos Desfeitos), de Brad Silberling;
The Banger Sisters (As Manas Rock), de Bob Dolman; 2002: Igby Goes Down (A
Estranha Vida de Igby), de Burr Steers; Little Miss Spider (Curta-metragem,
Narradora); 2004: Jiminy Glick in Lalawood, de Vadim Jean; Noel (Um Milagre de
Natal), de Chazz Palminteri; Alfie (Alfie), de Charles Shyer; Shall We Dance? (Vamos Dançar?), de Peter Chelsom; 2005: Elizabethtown
(Elizabethtown), de Cameron Crowe; Sonnet 22 (Curta-metragem, Narradora); 2005:
Romance & Cigarettes (Romance & Cigarros), de John Turturro; 2006:
Irresistible (Irresistível), de Ann Turner; Bernard and Doris, de Bob Balaban;
2007: Mr. Woodcock (Um Padrasto para Esquecer!), de Craig Gillespie; Emotional
Arithmetic (Aritmética Emocional), de Paolo Barzman; Enchanted (Uma História de
Encantar), de Kevin Lima; In the Valley of Elah (No Vale de Elah), de Paul
Haggis; 2008: Speed Racer, de Andy e Lana Wachowski; Middle of Nowhere (Um Amor
de Verão), de John Stockwell; 2009: The Greatest (Sem Ti), de Shana Feste;
Leaves of Grass, de Tim Blake Nelson; Solitary Man (Eterno Solteirão), de Brian
Koppelman e David Levien; The Lovely Bones (Visto do Céu), de Peter Jackson; One Million Strong (Curta-metragem) (voz); 2010:
Peacock, de Michael Lander; Wall Street: Money Never Sleeps (Wall Street: O
Dinheiro Nunca Dorme), de Oliver Stone; La Mama: An American Nun's Life in a
Mexican Prison (Vídeo, curta-metragem, narradora); 2011: Jeff Who Lives at Home
(Jeff - O Solteirão), de Jay Duplass e Mark Duplass; Fight for Your Right Revisited (Curta-metragem); 2012: Arbitrage
(Arbitrage - A Fraude), de Nicholas Jarecki; That's My Boy (Pai Infernal), de
Sean Anders; Robô & Frank, de Jake Schreier; Cloud Atlas (Cloud Atlas), de
Tom Tykwer e Andy e Lana Wachowski; The Company You Keep (Regra de Silêncio),
de Robert Redford; 2013: The Big Wedding (O Grande Dia), de Justin Zackham;
Snitch (Snitch - Infiltrado), de Ric Roman Waugh; Irwin and Fran, de Jordan
Stone; Ping Pong Summer, de Michael Tully; The Last of Robin Hood, de Richard
Glatzer e Wash Westmoreland; Hell and Back de Tom Gianas e Ross Shuman; (voz);
2014: Tammy, de Ben Falcone;2014: The Calling (Perseguição Perigosa), de Jason
Stone; 2015 Kid Witness, de Kevin Kaufman; Hell & Back, de Tom Gianas, Ross
Shuman; Three Generations, de Gaby Dellal; Slipping Away (Curta-metragem);2016:
The Death and Life of John F. Donovan, de Xavier Dolan; Mothers Day, de Paul
Televisão: 1951: Search for Tomorrow; 1970: A World Apa; 1971 Owen Marshall,
Counselor at Law; 1972: Search for Tomorrow;1972-1974 Great Performances;
1973-1974 The Wide World of Mystery; 1973 Calucci's Department; The Satan
Murders; F. Scott Fitzgerald and 'The Last of the Belles'; June Moon; The
Rimers of Eldritch; The Whirlwind; 1982: Who Am I This Time; American Playhous; Faerie Tale Theatre; 1984: Oxbridge Blues; 1985: A.D.: Livilla; 1985: Mussolini and I; 1986: Women
of Valor (Mulheres de Coragem); 1994: School of
the Americas Assassins (Curta-metragem) Narrador; All-Star 25th Birthday: Stars
and Street Forever!; 1995: Os Simpsons; 1997: The Need to Know, Narrador; 1998:
For Love of Julian, Narrador; 1999 Goodnight Moon & Other Sleepytime Tales;
Earthly Possessions) de James Lapine; 2000: Friends; 2001: Malcolm (A Vida é
Injusta); 2003: Ice Bound: A Woman's Survival at the South Pole; Freedom: A
History of Us; Children of Dune; 2005: The Exonerated; 2006: Rescue Me; 2007:
Bernard and Doris; 2009: Serviço de Urgência (ER); 2009-2011 Saturday Night
Live; 2010: You Don't Know Jack, de Barry Levinson; 2011: 30 Rock; The
Miraculous Year; 2012: The Big C; 2013: Mike and I; Doll & Em; 2015: The
Secret Life of Marilyn Monroe; 2016: Graves.
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