sábado, 31 de dezembro de 2016

SESSÃO 51: 16 DE JANEIRO DE 2017


ÁFRICA MINHA (1985)

Karen Blixen, ou Karen Christence, baronesa de Blixen-Finecke, mais conhecida pelo pseudónimo de Isak Dinesen, era dinamarquesa, nascida em final do século XIX e falecida em 1962, e veio a notabilizar-se como escritora, “contadora de histórias”, como ela gostava de se chamar, autora de alguns volumes de grande sucesso, como “Seven Gothic Tales”, “Out of Africa” (1937), “Winter's Tales” ou “Shadows on the Grass”. Passou grande parte da sua vida em África, precisamente no Quénia, onde teve uma fazenda, “no sopé das montanhas Ngongo”. Fugindo de um desgosto de amor, foi em África que se refugiou, casando com o barão Bror Blixen, irmão do seu antigo amante. O casamento é, obviamente, uma combinação por conveniência de ambas as partes: enquanto o barão encontra o capital necessário para montar uma plantação de café e poder continuar a viver em safaris de animais e de fortunas, Karen ganha um título nobilitário e uma pausa de reflexão em relação à sua vida na Dinamarca.
Em África, Karen Blixen descobrirá um continente fascinante, envolto numa estranha magia, que a apaixona para todo o sempre, marcando, daí para a frente, toda a sua vida e produção literária. Quando, em 1931, regressa à Dinamarca, depois de mais de 15 anos no continente africano, um dos seus trabalhos literários de maior repercussão será precisamente “Out of Africa”, um volume de pequenas histórias, recordações, episódios vividos ou imaginados, obra que está na origem do filme de Sydney Pollack. Este, no entanto, não se contenta em adaptar “Out of Africa”, mas conjuga-a com outros textos da mesma escritora; e ainda com obras biográficas como “Isak Dinesen: The Life of a Storyteller”, de Judith Thurman, ou “Silence Will Speak: A Study of the Life of Denys Finch Hatton and His Relationship With Karen Blixen”, de Errol Trzebinski. O resultado final será uma amálgama de referências que permitem reconstituir aspectos da vida desta mulher que atravessou o continente africano numa época particularmente reveladora (entre 1914 e 1931), mas esboçar, igualmente, um quadro impressionista e romanesco (pode mesmo ir-se mais longe e falar-se de romantismo) da sua paisagem geográfica e humana. É evidente, porém, que a África nunca funciona de forma autónoma, mas como cenário condicionante de uma vida. Cenário, todavia, trabalhado com o necessário rigor histórico, político e sociológico, que se pressente por detrás do tema central de Pollack. A protagonista é Karen e é através dela que tudo o mais surge, é através dos seus olhos que tudo é visto. Donde a justificação da “voz off”, que funciona como elemento unificado e descritivo conferindo a toda a toada da obra um tom memorialista.


Donde também essa sensação de “perda” de que todo o filme está imbuído, como contraponto a uma figura de obstinada pertinácia, de combate, de luta, de conquista. Mas tudo o que Karen toca parece esboroar-se e perder-se. Todo o filme se organiza, aliás, em função das sequências iniciais, passadas na Dinamarca, nas quais Karen confessa a perda da virgindade, ofertada a um amante que agora a ignora. Daí em diante, Karen vai procurar “conquistar”, um pouco como consequência lógica dessa “perda” original que a marca: ela compra um título, um marido, uma plantação, uma fábrica; ela quer um filho, um amante, de novo um marido; ela procura domesticar África, calçando luvas brancas nos empregados negros, desviando o curso dos rios, curando os nativos feridos, europeizando-lhe as roupas. Mas em tudo falha. O resultado é sempre uma perda (o filho que não pode ter; o marido de quem se divorcia; um outro que rejeita o casamento como acto de posse de um sobre outro; a fábrica que arde num incêndio; a África que não consegue dominar). Karen vai perdendo tudo, mas ganhando intimamente, enriquecendo-se em experiência e sabedoria. Retira as luvas brancas aos criados negros, e deixa o rio circular livremente no seu leito natural. Irá mesmo lutar por uma terra para os nativos que são desalojados das suas propriedades. Denys, o homem que ela não conseguiu conquistar, acabará por ser aquele que para sempre a marcará, precisamente porque foi o único que não a conseguiu compreender na sua complexidade (isto é, o único que se furtou ao seu enquadramento mental). Enquanto figura de mulher, Karen aproxima-se bastante da personagem de Scarlet O'Hara, de “E Tudo o Vento Levou”, e este paralelismo vale igualmente para o próprio tom romanesco da obra, que se aproxima da película de Victor Fleming, da mesma forma que se cruza com “Viagem para a Índia”, de David Lean. Em todas elas existe esse jogo de poder expresso a vários níveis, tecido em relações de forte acento sexual. Aliás, “África Minha” faz-nos comparticipar desse intenso clima erótico, sensual. Admiravelmente desenhado pela narrativa suave, discreta, mas vigorosa, intimista, quase mágica que Sydney Pollack imprime a toda a película numa evidente manifestação de mestria, de estilo dominado e austero, de rigor, de serenidade expositiva. Uma última palavra para a excelência da representação, acentuando-se não só o brilhantismo de Meryl Streep mas igualmente de Robert Redford e Klaus Maria Brandauer. Referência ainda à fotografia de David Watkin e à música de John Barry. Todos eles muito bem representados nos diversos Oscars e nomeações que a obra justificou. Estatuetas foram para Melhor Filme, Melhor Realizador (Sydney Pollack), Melhor Argumento Adaptado (Kurt Luedtke), Melhor Fotografia (David Watkin), Melhor Direcção Artística (Stephen B. Grimes, Josie MacAvin), Melhor Som (Chris Jenkins, Gary Alexander, Larry Stensvold, Peter Handford) e ainda Melhor Musica Original (John Barry). Meryl Streep ficou-se pela nomeação, bem como Klaus Maria Brandauer, nomeações que ainda sublinharam o trabalho de guarda-roupa e montagem. De resto, o filme anda ganhou dezenas e dezenas de outras distinções e muitos outros prémios.


ÁFRICA MINHA
Título original: Out of Africa
Realização: Sydney Pollack (EUA, 1985); Argumento: Kurt Luedtke, segundo Karen Blixen ("Out of Africa" e outros escritos), Judith Thurman ("Isak Dinesen: The Life of a Story Teller") e Errol Trzebinski ("Silence Will Speak"); Produção: Anna Cataldi, Terence A. Clegg, Kim Jorgensen, Sydney Pollack, Judith Thurman; Música: John Barry; Fotografia (cor): David Watk; Montagem: Pembroke J. Herring, Sheldon Kahn, Fredric Steinkamp, William Steinkamp; Casting: Mary Selway; Design de produção: Stephen B. Grimes; Direcção artística: Colin Grimes, Cliff Robinson, Herbert Westbrook; Maquilhagem: J. Roy Helland, J. Roy Helland, Norma Hill, Mary Hillman, Joyce James, Gary Liddiard, Vera Mitchell; Direcção de Produção: Robin Forman Howard, Gerry Levy; Assistentes de realização: Roy Button, Jack Couffer, Patrick Kinney, George Menoe, Meja Mwangi, Tom Mwangi, David Tomblin, Simon Trevor, Lee Cleary, Michael Zimbrich; Departamento de arte: Bert Hearn, Geoff Langley, Frank Billington-Marks; Som: Gary Alexander, Peter Handford, Chris Jenkins, William L. Manger, Tom McCarthy Jr., Larry Stensvold, John Stevenson; Efeitos especiais: David Harris; Efeitos visuais: Syd Dutton, Mark Freund, Steve Gawley, Michael Gleason, Jay Riddle; Companhias de produção: A Mirage Enterprises Production / A Sydney Pollack Film; Universal Pictures Limited; Intérpretes: Meryl Streep (Karen), Robert Redford (Denys), Klaus Maria Brandauer (Bror), Michael Kitchen (Berkeley), Malick Bowens (Farah), Joseph Thiaka (Kamante), Stephen Kinyanjui (Kinanjui), Michael Gough (Delamere), Suzanna Hamilton (Felicity), Rachel Kempson (Lady Belfield), Graham (Lord Belfield), Leslie Phillips (Sir Joseph), Shane Rimmer, Mike Bugara, Job Seda, Mohammed Umar, Donal McCann, Kenneth Mason, Tristram Jellinek, Stephen B. Grimes, Annabel Maule, Benny Young, Sbish Trzebinski, Allaudin Qureshi, Niven Boyd, Peter Strong, Abdulla Sunado, Amanda Parkin, Muriel Gross, Ann Palme, Keith Pearson, etc. Duração: 161 minutos; Distribuição em Portugal: Universal (DVD); Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 28 de Fevereiro de 1986.


MERYL STREEP (1949 - )
Há muita gente que a considera a maior actriz viva. A Academia de Hollywood parece dar-lhes razão. Já a nomeou por 19 vezes para o Oscar de Melhor Actriz, tendo vencido por três vezes. Um “case study”, como é agora moda dizer-se. As nomeações: “The Deer Hunter” (1978), “Kramer vs. Kramer” (1979, ganhou, como actriz secundária), “The French Lieutenant's Woman” (1981), “Sophie's Choice” (1982, ganhou), “Silkwood” (1983), “Out of Africa” (1985), “Ironweed” (1987), “Evil Angels” (1988), “Postcards from the Edge” (1990), “The Bridges of Madison County” (1995), “One True Thing” (1998), “Music of the Heart” (1999), “Adaptation” (2002), “The Devil Wears Prada” (2006), “Doubt” (2008), “Julie & Julia” (2009), “The Iron Lady” (2011, ganhou), “August: Osage County” (2013) e “Into the Woods” (2014). Mas não são só os Oscars. Ela é seguramente das actrizes mais premiadas de sempre. 29 nomeações para os Globos de Ouro, que venceu por oito vezes, também novo recorde. Recebeu igualmente dois Emmys, dois Screen Actors Guild Awards, o prémio de melhor actriz no Festival de Cannes e no Festival de Berlim, cinco prémios do New York Film Critics Circle, dois BAFTA, dois Australian Film Institute Award, quatro indicações ao Grammy Award e uma indicação ao Tony Award, deixando de lado dezenas e dezenas de outros trofeus e distinções.
Mary Louise Streep nasceu a 22 de Junho de 1949, em Bernardsville, Summit, New Jersey, EUA. Os pais foram Harry William Streep, Jr., ligado à indústria farmacêutica, com ascendência alemã e suíça, e Mary Wolf, uma artista com ancestros de raízes inglesas, irlandesas e alemães.
Estudou no Bernards High School e depois no Vassar College, onde chegou a ser aluna da actriz Jean Arthur. Foi estudante do Dartmouth College e fez mestrado em Artes Dramáticas na Universidade de Yale, curso durante o qual participou de várias montagens teatrais, como “Sonho de uma noite de verão”, de William Shakespeare. Participou em diversos elencos em Nova Iorque e New Jersey, em peças como “Henry V”, “The Taming of the Shrew” ou “Measure for Measure”. Conheceu John Cazale, com quem viveu até à morte deste, três anos depois. Na Broadway lançou-se no musical “Happy End”, de Bertolt Brecht e Kurt Weill. No cinema, desponta em “Julia” (1977), e no ano seguinte, em “The Deer Hunter”, sendo particularmente notada e recebendo a sua primera nomeação para o Oscar. Nesse mesmo ano, surge na minissérie “Holocausto”, que lhe trouxe reputação nacional e internacional. Ganhou o Emmy para Melhor Actriz. Este foi o início fulgurante de uma carreira imparável. Em “Out of Africa” (1985) Meryl Streep interpretou a escritora dinamarquesa Karen Blixen. Sydney Pollack, o realizador, de início não a considerava a actriz ideal, por não a achar suficientemente sexy para a personagem. Ele pensava em Audrey Hepburn. Meryl não desarmou, apresentou-se no encontro com Pollack com sutiã com generoso postiço e bem decotado. Ganhou o papel. Em 1995, Streep contracenou com Clint Eastwood em “The Bridges of Madison County”, outro enorme sucesso. Mas o seu maior êxito comercial apareceria em 2008, com o musical “Mamma Mia!”, uma adaptação do musical da Broadway com canções do grupo sueco ABBA, que arrecadou 602,6 milhões de dólares, a maior receita entre os musicais de todos os tempos.
Recebeu o prémio honorário do American Film Institute em 2004 e o Kennedy Center Honor em 2011, ambos pela sua contribuição para a cultura dos Estados Unidos através das artes performativas, sendo a mais jovem artista da história a receber tal distinção. Foi condecorada por duas vezes pelo presidente Barack Obama, em 2010 e 2014, com a Medalha Nacional das Artes e a Medalha Presidencial da Liberdade, mais alta condecoração civil dos Estados Unidos.
Entre 1984 e 1990, ganhou seis People's Choice Awards para a melhor atriz cinematográfica, e em 1990 foi indicada como a "Melhor do Mundo". Em Setembro de 1998 recebeu uma estrela no Hall of Fame de Hollywood, localizada no número 7020 da Hollywood Boulevard. Quatro anos antes, em 1994, deixara a marca dos pés e mãos, além da assinatura frente ao Grauman's Chinese Theatre. Em 2007, juntamente com Bruce Springsteen e Frank Sinatra, foi inscrita no New Jersey Hall of Fame, onde se homenageiam personalidades de diversas áreas, do desporto à política, nascidos naquele estado e que contribuíram de maneira expressiva para a cultura mundial.
Meryl Streep viveu com o actor John Cazale durante os últimos três anos da vida deste, que morreria com um cancro nos ossos. Nas últimas semanas de vida de Cazale, a actriz mudou-se para o hospital onde diariamente lia o jornal para o companheiro, com a sonoridade de um comentador desportivo. Em Setembro de 1978, casou com o escultor Don Gummer. Em 2013, no agradecimento ao Oscar, Meryl dedicou o prémio ao marido. Disse: “Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Don, porque quando se agradece ao marido no final do discurso, eles aumentam o volume da música e deixa de se ouvir e eu faço questão de que ele saiba que tudo que eu valorizo nas nossas vidas foi ele que me deu". Tiveram quatro filhos: Henry Wolfe Gummer, nascido em 1979; Mamie Gummer, nascida em 1983; Grace Gummer, nascida em 1986; e Louisa Jacobson Gummer, nascida em 1991. Tanto Mamie como Grace são actrizes, enquanto Henry é músico e actor.


Filmografia

Como actriz: 1975: Everybody Rides the Carousel, de John Hubley; 1977: Julia (Julia), de Fred Zinnemann; The Deadliest Season (TV); 1977-1979: Great Performances (TV); 1978: The Deer Hunter (O Caçador), de Michael Cimino; Holocaust (Holocausto), de Marvin J. Chomsky (TV); 1979: Manhattan (Manhattan), de Woody Allen; The Seduction of Joe Tynan (A Sedução de Joe Tynan), de Jerry Schatzberg; Kramer vs. Kramer (Kramer Contra Kramer), de Robert Benton; Uncommon Women... and Others de Merrily Rossman e Steven Robman (TV);1981: The French Lieutenant's Woman (A Amante do Tenente Francês), de Karel Reisz; 1982: Still of the Night (Na Calada da Noite), de Robert Bento; Sophie's Choice (A Escolha de Sofia), de Alan J. Pakula; Alice at the Palace (TV); 1983: Silkwood (Reacção em Cadeia), de Mike Nichols; 1984: Falling in Love (Encontro com o Amor), de Ulu Grosbard; Little Ears: The Velveteen Rabbit de Mark Sottnick (curta-metragem, narradora); In Our Hands (documentário); 1985: Plenty (Plenty, Uma História de Mulher), de Fred Schepisi; Out of Africa (África Minha) de Sydney Pollack; 1986: Heartburn (A Difícil Arte de Amar), de Mike Nichols; Rabbit Ears: The Tale of Mr. Jeremy Fisher (curta-metragem, narradora, vídeo); Rabbit Ears: The Tale of Peter Rabbit (curta-metragem, vídeo, narradora); 1987: Ironweed (Estranhos na Mesma Cidade), de Hector Babenco; The Tailor of Gloucester (curta-metragem, narradora, vídeo); 1988: A Cry in the Dark (Um Grito de Coragem), de Fred Schepisi; 1989: She-Devil (Demónio de Saias), de Susan Seidelman; Rabbit Ears: The Fisherman and His Wife (curta-metragem, narradora, vídeo); 1990: Postcards from the Edge (Recordações de Hollywood) de Mike Nichols; 1991: Defending Your Life (Em Defesa da Vida), de Albert Brooks; 1992: Death Becomes Her (A Morte Fica-vos Tão Bem), de Robert Zemeckis; 1993: The House of the Spirits (A Casa dos Espíritos), de Bille August; 1994: The River Wild (Rio Selvagem), de Curtis Hanson; Os Simpsons (TV); A Century of Cinema, de Caroline Thomas (documentário); 1995: The Bridges of Madison County (As Pontes de Madison County) de Clint Eastwood; 1996: Before and After (Antes e Depois), de Barbet Schroeder; Marvin's Room (Duas Irmãs) de Jerry Zaks; 1997: Juramento do Amor (TV); First Do No Harm, de Jim Abraham; 1998: Dancing at Lughnasa (Dançando em Lughnasa), de Pat O'Connor; One True Thing (Podia-te Acontecer), de Carl Franklin;1999: Music of the Heart (Melodia do Coração), de Wes Craven; King of the Hill (TV) - A Beer Can Named Desire; Ginevra's Story: Solving the Mysteries of Leonardo da Vinci's First Known Portrait (narração); Chrysanthemum (curta-metragem. Narração); 2001: Artificial Intelligence: AI (A.I. Inteligência Artificial) de Steven Spielberg; 2002: Adaptation. (Inadaptado), de Spike Jonze; The Hours (As Horas), de Stephen Daldry: 2003: Stuck on You (Agarrado a Ti), de Peter e Bobby Farrelly; Freedom: A History of Us (TV documentário); Angels in America (Anjos na América), de Mike Nichols (TV); 2004: The Manchurian Candidate (O Candidato da Verdade) de Jonathan Demme; Lemony Snicket's A Series of Unfortunate Events (Lemony Snicket's: Uma Série de Desgraças), de Brad Silberling; 2005: Prime (Terapia do Amor), de Ben Younger; 2006: The Music of Regret, de Laurie Simmons (curta-metragem); 2006: The Devil Wears Prada (O Diabo Veste Prada), de David Frankel; A Prairie Home Companion (A Praire Home Companion - Bastidores da Rádio) de Robert Altman; Ant Bully (O Rapaz Formiga) de John A. Davis (voz); Hurricane on the Bayou, de Greg McGillivray (narradora) (documentário); 2007: Lions for Lambs (Peões em Jogo) de Robert Redford; 2008: The Magic 7 de Roger Holzberg; Rendition (Detenção Secreta), de Gavin Hood; Evening (Ao Anoitecer) de Lajos Koltai; Dark Matter (Matéria Negra), de Shi-Zheng Chen; Mamma Mia! (Mamma Mia!), de Phyllida Lloyd; Doubt (Dúvida), de John Patrick Shanley; Ribbon of Sand, de John Grabowska (documentário); Theater of War, de John W. Walter (documentário); 2009: Julie & Julia (Julie & Julia), de Nora Ephron; It's Complicated (Amar... é Complicado!), de Nancy Meyers; Fantastic Mr. Fox (O Fantástico Senhor Raposo), de Wes Anderson: (voz); 2010: Web Therapy (TV);2010 – 2012: Web Therapy (TV); 2011: The Iron Lady (A Dama de Ferro), de Phyllida Lloyd; 2012: Hope Springs (Terapia a Dois), de David Frankel; 2013: August: Osage County (Um Quente Agosto), de John Wells; 2014: The Homesman (The Homesman - Uma Dívida de Honra), de Tommy Lee Jones; Into the Woods (Caminhos da Floresta), de Rob Marshall; The Giver (The Giver - O Dador de Memórias), de Phillip Noyce; 2015: Suffragette (As Sufragistas), de Sarah Gavron; Ricki and the Flash (Ricki e os Flash), de Jonathan Demme; 2016: Florence Foster Jenkins, de Stephen Frears;

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